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Eventos astronômicos para você ver em 2023

Não perca nenhum dos incríveis eventos astronômicos que ocorrerão em 2023, entre eclipses, superluas, chuvas de meteoro e encontros celestiais

2023 será um ano repleto de eventos astronômicos incríveis, e alguns deles poderão ser vistos aqui do Brasil. Eclipses, superluas, chuvas de meteoros e encontros celestiais tornarão o ano de quem adora olhar para o céu muito mais interessante. E, para te ajudar a não perder nenhum deles, preparamos este post com informações sobre os principais fenômenos.

Entre os destaques, vários planetas com bastante brilho se encontrarão nos céus, já outros passarão por aglomerados estelares belíssimos. Boa parte das chuvas de meteoros deverão ocorrer em dias com boa visibilidade. E o principal evento astronômico de 2023, o eclipse solar de “anel de fogo”, ficará visível em regiões das Américas do Sul e do Norte.

Eclipses em 2023

Haverá dois eclipses lunares e dois solares em 2023. Destes, apenas um de cada será visível no Brasil. O primeiro eclipse solar ocorrerá em 20 de abril e será total, visível apenas em alguns países da Ásia e da Oceania. Em 14 de outubro, ocorrerá o segundo eclipse solar, chamado “anel de fogo”, desta vez visível no Brasil, em cidades como

Já em boa parte do Centro-Oeste, Sudeste e Sul será possível ver o sol meio que “mordido” pela Lua perto das 15h. Além disso, o eclipse solar ficará visível em uma faixa estreita que atravessa as Américas, que vai do Oregon até Nevada, Utah, Novo México e Texas, nos Estados Unidos, e cruzará o Golfo do México, alcançando regiões da América Central, Colômbia e Brasil.

E mesmo quem não estiver nessas regiões poderá ver um eclipse solar parcial. Vale lembrar, porém, que um eclipse solar só pode ser visto com um filtro especial ou pelo reflexo solar. Nunca olhe diretamente para o sol sem proteção.

Também ocorrerão dois eclipses lunares. Primeiramente, haverá um eclipse lunar penumbral, na noite de 5 a 6 de maio, não visível no Brasil.

Posteriormente, de 28 a 29 de outubro, ocorrerá um eclipse lunar parcial, visível em uma pequena parte do país, em algumas cidades do litoral nordestino mais ao extremo leste do continente, principalmente nas ilhas de Fernando de Noronha, Atol das Rocas e São Pedro e São Paulo. Quem estiver em João Pessoa conseguirá observar com mais clareza o ápice do eclipse, justamente porque a Lua estará próxima da linha do horizonte neste momento.

Duas superluas em agosto

Além dos eclipses, a Lua também estará no centro de outros eventos astronômicos imperdíveis em 2023. No mês de agosto, nos dias 1º e 31, ocorrerão superluas, sendo a última conhecida como Lua Azul, por ser a segunda a acontecer no mesmo mês.

O fenômeno superlua ocorre na lua cheia perto do perigeu – ou seja, quando o satélite está mais perto da Terra -, tornando-a ligeiramente maior (14%) e mais brilhante (30%) que nos outros dias. Quando está no apogeu – mais distante da Terra -, ela é chamada de microlua, por aparecer bem menor.

Chuvas de meteoros ao longo do ano

A lista de fenômenos e eventos astronômicos inclui também 12 chuvas de meteoros relevantes, de acordo com o Observatório Real de Greenwich. A primeira delas ocorreu de 28 de dezembro de 2022 a 12 de janeiro de 2023, tendo seu pico de visualização nos dias 3 a 4 de janeiro. As próximas serão as seguintes:

• Lyrids: de 14 a 30 de abril, com pico de visibilidade de 22 a 23 de abril;
• Eta Aquarids: de 19 de abril a 28 de maio, com pico de visibilidade em 6 de maio;
• Alpha Capricornids: de 3 de julho a 15 de agosto, com pico de visibilidade em 30 de julho;
• Delta Aquáridas: de 12 de julho a 23 de agosto, com pico de visibilidade em 30 de julho;
• Perseidas: de 17 de julho a 24 de agosto, com pico de visibilidade nos dias 12 e 13 de agosto;
• Draconids: de 6 a 10 de outubro, com pico de visibilidade de 8 a 9 de outubro;
• Orionids: de 2 de outubro a 7 de novembro, com pico de visibilidade nos dias 21 e 22 de outubro;
• Taurids: de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul, com pico de visibilidade de 10 a 11 de outubro;
• Leônidas: de 6 de novembro a 30 de novembro, com pico de visibilidade nos dias 17 e 18 de novembro;
• Gemínidas: de 4 a 20 de dezembro, com pico de visibilidade de 14 a 15 de dezembro;
• Ursids: de 17 a 26 de dezembro, com pico de visibilidade de 22 a 23 de dezembro.

Outros eventos astronômicos em 2023

Encontros de planetas e satélites e sobreposição de aglomerados estelares são alguns eventos astronômicos para você ver em 2023. Confira:

Encontro da Lua e Júpiter, com Vênus nas proximidades

Assim que o Sol se pôr no dia 22 de fevereiro, será possível ver no horizonte, a sudoeste, a Lua crescente aproximando-se de Júpiter. Para completar o espetáculo, o brilhante planeta Vênus estará um pouco abaixo dos dois. O fenômeno celestial estará visível em regiões mais ao sul da América do Sul, onde observadores poderão ver, inclusive, a Lua passar na frente de Júpiter por um curto período. Em outras partes do mundo, os dois corpos celestes poderão ser vistos bem próximos..

Júpiter e Vênus juntos

A proximidade entre Júpiter e Vênus ocorrerá durante os dois primeiros meses de 2023. Porém, chegará ao seu ápice no dia 1º de março, quando os dois planetas mais brilhantes estarão bem próximos. Este evento astronômico permitirá, inclusive, que se veja os discos de ambos no mesmo campo de visão.

Vênus ficará próximo às Sete Irmãs

Após uma hora do pôr do sol do dia 11 de abril, olhe para o céu e encontre uma combinação perfeita de duas joias celestiais: Vênus e o aglomerado estelar das Plêiades. Com um pouco mais de observação, você conseguirá identificar a olho nu Vênus a sudoeste de Vênus e as Sete Irmãs. Se quiser ver o planeta e as estrelas com mais atenção, use um binóculo.

Aparição de Mercúrio

Também no dia 11 de abril, será possível ver Mercúrio, o primeiro planeta do Sistema Solar perto do horizonte a oeste, cerca de meia hora após o pôr do sol. Nesta mesma data, Mercúrio atingirá o ponto mais alto do céu, com a melhor visibilidade do planeta durante o ano. E, para observá-lo melhor, vale a pena usar um binóculo.

Eclipse solar híbrido na Oceania

Uma pequena parte do Oriente, mas especificamente na Oceania, poderá admirar um dos eventos astronômicos mais incríveis de 2023: o eclipse solar híbrido. Raro, este fenômeno ocorre quando há um eclipse total em algumas regiões e, em outras, um anular – também conhecido como anel de fogo, porque um anel de luz solar envolve a Lua ao passar diante do Sol.

O eclipse ficará visível no dia 20 de abril na costa de Ningaloo, no oeste da Austrália, onde será total, estendendo-se posteriormente pela província de Papua Ocidental, na Indonésia, e atravessará as ilhas da Micronésia, onde será anular. O fenômeno terminará no Oceano Pacífico a cerca de três mil quilômetros a leste do Arquipélago do Havaí.

Apesar de o eclipse híbrido ser visível apenas nessa pequena região, uma outra porção maior de lugares conseguirá ver o eclipse parcial, sendo toda a Indonésia, a Austrália e a Papua Nova Guiné, assim como outras regiões no oeste do Pacífico.

Trio de planetas próximos

Em maio, será a vez de ver o encontro entre a Lua, Marte e Vênus, os três corpos celestes vizinhos mais próximos e brilhantes. Ele ocorrerá no dia 22 e estará visível assim que o Sol se pôr, a oeste. Eles se apresentarão em uma disposição de arco.

No dia seguinte, a configuração mudará um pouco. Você poderá ver a Lua crescente deslizar entre Vênus e Marte. E, caso utilize um binóculo, verá que duas estrelas brilhantes acompanharão a Lua. Quem não conseguir acompanhar este evento astronômico em maio, terá uma rara oportunidade de vê-lo um mês depois, nos dias 21 e 22 de junho.

Marte e o Aglomerado da Colmeia

Ainda em junho, bem no comecinho do mês, outro fenômeno poderá ser observado nos céus. Marte deslizará em frente ao aglomerado de estrelas Beehive – ou Aglomerado da Colmeia – no dia 2. Este é mais um dos eventos astronômicos para ver após o pôr do sol. Espere cerca de uma hora, até que o céu escureça, e procure o brilho forte de Vênus para te guiar até o ponto avermelhado mais escuro perto, que será Marte.

Com um binóculo ou um telescópio apontado para o planeta vermelho, você notará que ele estará próximo de um grupo de estrelas, que é justamente o Aglomerado da Colmeia. Este é um conjunto de cerca de mil estrelas jovens posicionadas a cerca de 600 anos-luz da Terra, localizadas na constelação de Câncer.

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