Nômade digital: jovem de 28 anos já trabalhou de 78 países diferentes
Cada vez mais pessoas optam por ser nômade digital e, seguindo essa tendência, uma jovem de 28 anos já trabalhou de 78 países diferentes
Katie Macleod nasceu em Inverness, na Escócia, e, após se formar em design gráfico, viu em sua profissão a oportunidade de viajar pelo mundo. Isto porque, como trabalha de maneira remota, não precisa ficar presa a um único lugar. O resultado: aos 28 anos, a jovem escocesa já trabalhou de 78 países diferentes. E mais, pretende passar por 100 países antes dos 30 anos.
Essa história inspiradora foi contada por Katie à BBC. A designer gráfica freelancer falou ao site de notícias que se tornou nômade digital quando começou a trabalhar para uma empresa com sede em Londres. Na ocasião, ela morava em Edimburgo, a capital da Escócia, e trabalhava totalmente online, mas achou a rotina muito monótona. Foi então que teve a ideia de aproveitar a facilidade do trabalho remoto para viajar e, desde então, compartilha suas experiências em um blog. “Felizmente, escolhi uma carreira que é muito adequada para o nomadismo digital”, disse.
Ser nômade digital
Katie é nômade digital desde 2018 e, conforme relatou à BBC, já trabalhou de hotéis cápsula em Tóquio, no Japão, em meio a tempestades de areia no Saara, no norte da África, e até da Cordilheira do Himalaia, na Ásia Central. A designer gráfica freelancer viajou, inclusive, durante a pandemia. Porém, com as restrições às viagens, ela transformou uma van em uma “casa móvel” e percorreu o
“Se soubesse na escola e na universidade que esse estilo de vida existia, teria mais certeza em fazer as escolhas necessárias para realizar o sonho mais cedo”, acrescentou.
A história de Katie se soma a de muitos profissionais que, com o avanço da internet e oferta de vistos para nômades digitais, viram a possibilidade de viajar enquanto mantêm suas funções profissionais. Nômade digital é a pessoa que trabalha de qualquer lugar, não precisando de uma estrutura fixa para desenvolver suas atividades profissionais.
Tendência
Recentemente, uma pesquisa da Fragomen, uma empresa especializada em serviços de imigração mundial, revelou que, atualmente, mais de 35 milhões de pessoas são nômades digitais em todo o mundo. Segundo o “Relatório Global de Tendências Migratórias 2022”, a expectativa é de que, até 2035, esse contingente atinja a marca de 1 bilhão de pessoas.
A pandemia também contribuiu para que o número de nômades digitais aumentasse. Isto porque, com o isolamento social, profissionais que antes só exerciam suas funções dentro de escritórios e empresas, passaram também a trabalhar de maneira remota. E, mesmo após a liberação de circulação, muitos acabaram permanecendo em home office.
A BBC, inclusive, divulgou que um estudo nos EUA revelou que o número de trabalhadores americanos atuando como nômades digitais mais que dobrou desde o início da pandemia e continua crescendo. Além disso, o site de notícias destacou que uma pesquisa indicou a mesma tendência aqui no Brasil. Ela foi feita pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e pela Fundação Instituto de Administração (FIA).
Segundo o levantamento, sete em cada dez entrevistados disseram estar “satisfeitos” com o home office. O Brasil, inclusive, terá a primeira vila de nômades digitais da
Trabalhar de países diferentes
Katie, no entanto, disse à BBC que viver como nômade digital também pode ser desafiador. Ela relatou que já perdeu as contas de quantas vezes teve de dormir em chãos de aeroportos. Outro problema recorrente é o acesso à internet. “Tive que cortar um dobrado para encontrar internet para trabalhar, fui enganada e gastei mais dinheiro porque sou estrangeira e tive mais intoxicação alimentar do que qualquer pessoa comum”, descreveu.
Outros nômades digitais ouvidos pela BBC também relataram problemas para encontrar sinal estável de internet em alguns países. “Embora hotéis e Airbnbs digam que têm wi-fi, pode ser um pouco imprevisível, o que não é o ideal quando você está trabalhando online”, disse a escocesa Catriona Cripps, que trabalha como nômade digital desde a pandemia.
Já o escritor e jornalista escocês, J David Simons, que é nômade digital desde 2017, disse que esse estilo de vida não tem a ver com quanto dinheiro você tem para viajar, mas se a sua atividade profissional permite trabalhar remotamente. “Você também precisa de um espírito aventureiro, eu acho, e estar disposto a abraçar mudanças constantes sem ter o que as pessoas chamam de lar”, recomendou.
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