Tamara Klink

Tamara Klink: a 1ª mulher a passar o inverno sozinha no Ártico

10-Jul-2024
Redação | GuiaViajarMelhor.com

Groenlândia 10-Jul-2024

“Nunca achei relatos de uma mulher que tivesse invernado em solitário.” Aos 26 anos de idade, Tamara Klink acabou de completar a sua invernagem histórica no Ártico, tornando-se a primeira mulher a passar o inverno sozinha

Anúncio

Tamara passou nove meses isolada no gelo da Groenlândia, com temperaturas que chegaram a até – 30 graus. “A viagem mais bonita da minha vida”, relatou a jovem velejadora. “Atravessei o oceano para chegar aqui. Mas, ao chegar, atravessei o tempo”, completou.

Essa foi a segunda grande viagem memorável de Tamara, filha do velejador mais famoso do Brasil, Amyr Klink.

Há cerca de dois anos, ela se tornou a mulher brasileira mais nova a atravessar o Oceano Atlântico sozinha em um barco à vela – mas parece que o desejo de explorar o mundo não acabou ali.

Raposas e outros animais polares eram as poucas companhias da brasileira, que partiu da França até as ilhas mais extremas da Groenlândia para uma aventura solitária.

Para a viagem ao Ártico, algumas coisas básicas do dia a dia se tornam grandes desafios. Em um dos relatos, Tamara conta que para produzir água potável no barco, precisava pegar um balde de gelo fresco até aquecê-lo.

Anúncio

Um balde de neve era o suficiente para produzir apenas um copo d’água. Ao redor da pequena casa flutuante, um imenso deserto branco sem a presença de outros humanos se tornou o seu endereço temporário.

Além das baixas temperaturas, o inverno do Ártico é escuro, com pouquíssimas horas de luz ao dia, até a chegada do verão.

A 1ª mulher a passar o inverno sozinha no Ártico | Foto: @tamaraklink/Reprodução Instagram

A brasileira Tamara Klink, de 26 anos, alcançou um feito inédito ao se tornar a primeira mulher a passar o inverno sozinha no Ártico

Anúncio
.

Como dito, ela ficou 9 meses vivendo isolada em uma área remota e congelada da Groenlândia. “Resolvi gestar uma viagem ao invés de gestar uma vida”, afirmou.

Segundo ela, foram 6 meses presa no gelo, um ano desde que chegou à Groenlândia e 8 meses ancorada no fiorde esperando congelar e depois descongelar. Tamara partiu da França em seu barco, escolhendo um fiorde como local para ancorar a embarcação.

Com a chegada do inverno, a água ao redor do barco congelou, prendendo-a no local. Desde então, ela aguardou pacientemente pelo derretimento do gelo.

Equipada com telefone via satélite, internet e comida enlatada, Tamara derretia gelo para tomar banho. Seu treinamento incluiu aulas de sutura, caso sofresse um corte, e de tiro, para se defender de possíveis ataques de ursos polares.

Apesar de todo o preparo, a jovem enfrentou perigos na região. Em um momento crítico, Tamara pisou em um bloco de gelo e

Anúncio
caiu na água congelante. Resiliente, ela conseguiu se salvar nadando e se arrastando de volta para a superfície.

Tamara disse que não sentiu medo, dor ou frio ao cair na água. Ela apenas se concentrou para pensar em uma forma de sair da água o mais rápido possível. Ela se arrastou e foi criando buracos no gelo para se arrastar e sair dali. Tamara contou sua experiência para o Fantástico, no programa do dia 8 de julho de 2024.

Inspirada pelo pai, o renomado navegador brasileiro Amyr Klink, que passou um inverno solitário na Antártida em 1989, Tamara Klink está seguindo seus passos.

Desafios principais de “morar” na Groenlândia

Tamara Klink se tornou a primeira mulher a passar o inverno sozinha no Ártico | Foto: Tina Rolf/Unsplash

Durante sua expedição, Tamara revelou detalhes sobre o intenso preparo necessário para sobreviver em um ambiente tão hostil.

Tamara precisou aprender a costurar a própria pele

Anúncio
caso tivesse um corte e precisasse suturar. Também precisou fazer treino de tiro, pois é parte da preparação obrigatória para um lugar onde pode haver ursos polares.

Além disso, durante os seis meses em que ficou presa no gelo, Tamara enfrentou um isolamento severo, aguardando pacientemente que o mar congelasse e descongelasse.

Suas tarefas diárias tornaram-se verdadeiros desafios de sobrevivência e adaptação. Ela relatou como lidava com necessidades básicas como ir ao banheiro, tomar banho e lavar o cabelo.

Para o banho, ela lavava partes do corpo separadamente. Quando nevava, juntava a neve em um balde, derretia e escolhia qual parte do corpo lavar naquele dia.

Marina, Amyr e suas filhas | Foto: @marinabklink/Reprodução Instagram

A família Klink é sinônimo de aventura, determinação e exploração. Liderados pelo renomado navegador Amyr Klink, cada membro da família tem deixado sua marca no mundo, enfrentando desafios extremos e inspirando gerações com suas histórias.

Anúncio

Vamos conhecer mais sobre os feitos de cada integrante dessa notável família.

Pai de Tamara Klink, Amyr foi uma inspiração para a filha | Foto: @amyrklink/Reprodução Instagram

Amyr Klink é um dos navegadores mais respeitados do Brasil. Em 1984, ele realizou a primeira travessia solitária do Atlântico Sul a remo, partindo de Lüderitz, na Namíbia, e chegando a Salvador, no Brasil, após 100 dias no mar.

Anúncio

Em 1989, ele passou um inverno sozinho na Antártida, documentando suas experiências em livros que se tornaram best-sellers.

Sua obra mais conhecida, “Cem Dias Entre Céu e Mar”, relata a travessia a remo e é uma leitura essencial para os amantes de aventuras marítimas.

Marina documenta as viagens através da fotografia | Foto: @marinabklink/Reprodução Instagram

Esposa de Amyr, Marina é fotógrafa e ambientalista, conhecida por suas expedições às regiões polares. Ela acompanhou Amyr em várias de suas viagens, capturando imagens impressionantes das paisagens geladas e da vida selvagem.

Anúncio

Marina também é uma palestrante ativa, promovendo a conservação ambiental e inspirando outros a explorar e preservar os ecossistemas vulneráveis do planeta.

Aos 27 anos, Tamara já é uma viajante nata | Foto: @tamaraklink/Reprodução/Instagram

Tamara Klink, filha de Amyr e Marina, está seguindo os passos de seus pais com sua própria série de conquistas notáveis.

Aos 26 anos, Tamara tornou-se a primeira mulher a passar o inverno sozinha no Ártico, uma façanha que envolveu meses de isolamento em uma área remota e congelada da Groenlândia.

Anúncio

Além disso, Tamara também realizou a travessia solo do Atlântico aos 24 anos, destacando-se como uma jovem velejadora destemida.

As filhas do meio: Laura e Mariana

Mariana, Laura e Tamara Klink | Foto: @laura_klink/Reprodução Instagram

Laura e Mariana, as outras duas filhas do casal Klink, também possuem o espírito aventureiro que caracteriza a família.

Embora mais jovens e ainda em fase de formação, elas já acompanham os pais em algumas viagens e mostram interesse por atividades ao ar livre e a navegação. O futuro promete novas histórias de exploração para as jovens Klink.

Anúncio

A família Klink é um exemplo de como a paixão pela aventura e pela exploração pode ser transmitida de geração em geração.

Você pode acompanhar a reportagem do Fantástico no Globoplay, caso seja assinante. A reportagem de Tamara é aos 28 minutos de programa.

∙ Gostou das nossas dicas? Faça a reserva do seu hotel ou pousada aqui e encontre as melhores condições para as suas férias.

∙ Encontre dicas de viagens e as últimas notícias que foram destaques também em nosso Instagram. Acompanhe.


Fale com o Viajar Melhor: Deseja falar com a redação, promover a sua marca ou relatar algum erro encontrado nesta página? Envie uma mensagem para contato@guiaviajarmelhor.com



Anúncio

Artigos relacionados

Ver mais
Erro ao carregar dados

Alterar configurações de privacidade

Continue lendo