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Viajar ou investir? Entenda o que especialistas dizem sobre a variação do dólar atual e como as oscilações cambiais podem influenciar suas decisões financeiras e de viagem
O dólar tem apresentado variações nos últimos dias, influenciado por decisões políticas e econômicas globais. Com a recente imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos sobre produtos do México, Canadá e China, e a possível ampliação dessas medidas para a União Europeia, o impacto no câmbio preocupa quem planeja viajar ou investir no exterior.
O fortalecimento do dólar em relação ao real pode tornar as viagens internacionais mais caras e afetar o rendimento de investimentos fora do Brasil.
Para quem acompanha o mercado financeiro ou está planejando uma viagem, entender as mudanças no valor da moeda americana é essencial. A oscilação do dólar, combinada com as tensões comerciais globais, pode impactar diretamente os custos de uma viagem ou as oportunidades de investimento.
A influência dos EUA no câmbio
No último sábado (1º), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas sobre produtos importados do Canadá, México e China, com taxas de 25% sobre as importações canadenses e mexicanas e de 10% para os produtos chineses.
Essas tarifas, segundo a Casa Branca, são uma resposta a questões relacionadas à imigração ilegal e à crise do fentanil nos EUA.
Essas mudanças no comércio global podem impactar diretamente o câmbio. O dólar, que já vinha em alta, tende a se valorizar ainda mais com a adoção dessas tarifas, especialmente se outros países decidirem retaliar.
Para quem planeja viajar para os Estados Unidos, Canadá, México ou até mesmo Europa, onde novas tarifas podem ser impostas em breve, é importante acompanhar a cotação do dólar, já que uma valorização pode encarecer os custos de viagem.
Como o dólar afeta investimentos e viagens?
Na sexta-feira (31), o dólar encerrou cotado a R$ 5,83, após uma queda de 0,7% no dia. Essa leve desvalorização aconteceu após o aumento do Ibovespa e uma mudança de postura de Trump sobre as tarifas para a China.
Luciano Telo, executivo-chefe de investimentos (CIO) para o Brasil no UBS Global Wealth Management, apontou a diminuição das tensões globais com relação às tarifas como uma das causas para a queda da moeda norte-americana. “Isso fez com que moedas de países emergentes, como o Brasil, recuperassem valor frente ao dólar”, afirmou o executivo em entrevista à Forbes.
As promessas de Trump que não foram concretizadas podem ser outro motivo que ajudou na baixa do dólar, segundo André Valério, economista do banco Inter, também em entrevista à Forbes. Ele ainda reforçou que o tom mais ameno de Donald Trump com a China pode ter feito com que o mercado reduzisse suas apostas na valorização do dólar.
“A campanha sobre tarifas, que inicialmente impulsionou a valorização do dólar, teve um alívio”, disse ao site de notícias. Contudo, os especialistas alertam que o câmbio ainda é volátil e pode ser afetado por novos desdobramentos políticos.
Além disso, as medidas tarifárias americanas tendem a fortalecer o dólar, principalmente porque mantêm os rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) elevados, o que atrai investidores e pressiona o câmbio.
Quem planeja viagens internacionais pode sentir esse fortalecimento no bolso, com passagens e hospedagem mais caras. Por outro lado, quem investe no exterior também deve ficar atento às variações cambiais, já que elas podem influenciar diretamente os rendimentos.
Viajar ou investir?
Neste momento, a decisão entre viajar ou investir depende de uma análise detalhada da cotação do dólar e dos cenários globais. Se o objetivo é viajar para o exterior, vale acompanhar de perto as movimentações políticas e econômicas, pois a tendência de alta do dólar pode tornar os custos mais elevados.
Investidores devem considerar a instabilidade cambial, especialmente em economias emergentes como o Brasil.
Ficar de olho no câmbio e nas próximas decisões tarifárias de Trump é crucial para quem está planejando viagens internacionais ou investimentos. Ou seja, o cenário ainda é incerto, e as oscilações podem continuar nos próximos meses.
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