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A expectativa é de que o edital e o leilão do projeto do Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas ocorram ainda este ano
Apesar de ainda estar no papel, o projeto do Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas avançou recentemente. Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos do estado, a expectativa é de que o edital e o leilão ocorram ainda este ano. E a novidade é que o empreendimento deve ter vagões com dois andares, semelhantes aos utilizados na América do Norte, Europa e Oceania.
A informação sobre o tipo de composição que poderá ser usada no eixo entre São Paulo e Campinas foi divulgada pelo portal Metrô CPTM. O trem double-decker tem tamanho semelhante aos que estão em operação atualmente nas linhas da capital paulista. Desse modo, não haveria a necessidade de mudar o tamanho das plataformas. Os trens da CPTM têm 170 metros, enquanto os bilevel – outro nome para os trens com vagões de dois andares – têm 150 metros.
A outra possibilidade para o Trem Intercidades é uma composição com 12 vagões de apenas um andar e 300 metros de comprimento. Ou seja, neste caso será necessário adequar as plataformas. Por outro lado, os trens de um andar têm capacidade para 1.200 passageiros por viagem, ao passo que os double-decker comportam somente 860 pessoas.
Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas
Os estudos para a implantação do Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas são do início dos anos 2000. Na época, os custos do projeto e a complexidade da obra fizeram com que a ideia permanecesse no papel. No entanto, nos últimos anos as discussões em torno do empreendimento voltaram à pauta do governo e, recentemente, ganharam força. A expectativa é de que o edital saia ainda em agosto e de que o leilão ocorra entre novembro e dezembro deste ano.
O novo trem fará o percurso entre a estação Palmeiras/Barra Funda, na capital paulista, e a antiga estação central de Campinas, com apenas uma parada em Jundiaí. A ideia é de que o TIC funcione de maneira semelhante aos ônibus rodoviários, com a venda de assentos marcados. E, diferente do que ocorre na CPTM, não haverá passageiros viajando em pé, apenas sentados.
O trajeto entre São Paulo e Campinas, de 101 km de extensão, deve ser feito em 64 minutos. Hoje em dia, o trecho só pode ser feito por via rodoviária e dura cerca de 1h30 pela Rodovia dos Bandeirantes. Para quem viaja de ônibus, o custo atualmente é de cerca de R$ 40,00 em classe convencional.
A passagem do Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas deve custar R$ 60 – segundo a estimativa atual. Porém, o valor será definido pela empresa que assumir a administração do trecho. E, considerando que o novo trem deve entrar em operação apenas em 2030, o preço da passagem poderá ser bem diferente até lá.
A escolha dos trens com vagões de dois andares também ficará a cargo da nova concessionária. Caso decida por esse tipo de composição, a concessionária gastará cerca de R$ 1,8 bilhão apenas com a compra dos trens.
Detalhes do projeto
De acordo com a Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, o investimento no projeto do Trem Intercidades deve chegar a R$ 10,2 bilhões. Além disso, a concessão terá prazo de 30 anos, com início 11 meses após a assinatura do contrato pela empresa que assumi-la. E, como mencionamos, o novo trem entre São Paulo e Campinas deve entrar em operação em 2030.
E este não é o único trecho que ficará sob responsabilidade da nova concessionária. O edital prevê também a operação de outros dois serviços: o Trem InterMetropolitano (TIM), entre Francisco Morato e Campinas, e a operação da Linha 7-Rubi, entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Francisco Morato. No total, as linhas terão 83 trens que deverão operar a uma velocidade entre 90 km/h e 100 km/h. E a nova concessionária terá que adquirir 23 novos trens e construir 150 km de novas vias energizadas.
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