Airbnb vai abrigar gratuitamente 20 mil refugiados afegãos em todo o mundo

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A plataforma de aluguel de imóveis turísticos se manifestou assim que a crise humanitária começou, em agosto, e criou uma rede para abrigar gratuitamente os refugiados afegãos

Em agosto deste ano, quando agravou a crise humanitária no Afeganistão, com a tomada do poder pelo grupo extremista Taleban, a plataforma de aluguel de imóveis turísticos Airbnb anunciou que abrigaria gratuitamente 20 mil refugiados afegãos em todo o mundo.

O plano é alojar os afegãos em propriedades listadas no Airbnb, com as estadias custeadas pela própria empresa. O anúncio foi feito pelo CEO e cofundador da plataforma, Brian Chesky, que não especificou exatamente por quanto tempo os refugiados ficarão alojados.

Segundo ele, a empresa trabalha com ONG’s para atender as necessidades mais urgentes das famílias acolhidas. A intenção, além de dar abrigo, é contribuir com o recomeço destas pessoas que tiveram de deixar suas casas para viver em outro lugar.

“Ao se realizar o reassentamento de dezenas de milhares de refugiados afegãos em todo o mundo, o local onde ficarão será o primeiro capítulo de suas novas vidas. Para esses 20.000 refugiados, minha esperança é que a comunidade do Airbnb ofereça a eles não apenas um lugar seguro para descansar e recomeçar, mas também uma recepção calorosa de boas-vindas”, disse Chesky, em comunicado divulgado pela Airbnb.

Como ajudar a abrigar um refugiado pela Airbnb

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Foto: Divulgação

De acordo com o CEO Brian Chesky, a plataforma Airbnb vai custear a estadia dos refugiados afegãos em propriedades de pessoas da comunidade que manifestem o desejo de abrigá-los. Quem quiser ser um anfitrião solidário, deve entrar em contato através dos canais de comunicação na própria plataforma ou no Airbnb.org – uma ferramenta social criada pela empresa para ajudar as pessoas a trocarem e compartilharem acomodações e recursos em tempos de crise.

O CEO do Airbnb também convocou os anfitriões a ajudarem os refugiados afegãos de maneira voluntária, somando-se à iniciativa da empresa para alcançar mais pessoas. Aliás, quem quiser contribuir, mesmo que não tenha uma acomodação para oferecer, pode fazer uma doação à Airbnb.org. Segundo a entidade, “o valor integral da sua doação se destina a ajudar pessoas em momentos de crise”.

O custo da estadia dos refugiados afegãos, conforme anunciado pela empresa, será financiado através de contribuições do Airbnb e de Chesky, assim como de pessoas que doam ao Airbnb.org Refugee Fund – um fundo criado pela empresa para políticas de apoio a refugiados.

Acolhimento em tempos de crise

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Foto: Divulgação

Esta não é a primeira iniciativa do Airbnb para abrigar pessoas em situação de vulnerabilidade. A empresa iniciou este trabalho em 2012, quando mais de mil pessoas precisaram de acomodação de emergência depois que Nova York foi atingida pelo furacão Sandy.

Em 2017, lançou a iniciativa Open Homes (Casas Abertas, em português), para permitir que a sua comunidade de anfitriões ofereça suas propriedades de graça a pessoas atingidas por desastres ou que estão fugindo de conflitos, como é o caso dos refugiados afegãos.

A iniciativa já ofereceu estadias gratuitas aos atingidos pelo terremoto na Cidade do México, pelos incêndios na Califórnia e na Austrália, entre outros desastres. No caso da crise no Afeganistão, além dos 20 mil que pretende acomodar, concedeu financiamento emergencial ao Comitê Internacional de Resgate e ao Church World Service para garantir estadia temporária a mil refugiados afegãos, ainda no final de agosto.

Segundo o Airbnb, as iniciativas da empresa já ajudaram 75 mil pessoas a conseguir acolhimento em tempos de crise.

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