7 receitas para viajar pela Itália sem sair de casa
Aprenda receitas tradicionais que trarão a cultura e história italianas para a sua cozinha. Descubra como viajar pela Itália sem sair de casa através dos sabores e aromas únicos de cada prato e sinta-se como se estivesse em uma trattoria
A arte da culinária é muito mais do que a habilidade de manipular alimentos. Ela nos proporciona uma verdadeira imersão na história e cultura de um país. É através da comida que podemos experimentar sabores e aromas únicos que nos levam a viajar sem sair de casa. E quando se trata da culinária italiana, a experiência pode ser ainda mais intensa.
Com suas receitas tradicionais, cada prato típico é uma porta de entrada para uma região diferente, com tradições e peculiaridades. É como se pudéssemos sentir o sol do Mediterrâneo, ouvir o burburinho das ruas de Nápoles ou admirar a beleza de
Por isso, neste texto, separamos 7 dicas de receitas para você viajar pela Itália sem sair de casa. Cada prato escolhido traz consigo um pouco da cultura e história, permitindo que você se sinta como se estivesse em uma autêntica trattoria. Basta colocar a mão na massa e deixar que a magia da culinária italiana o transporte para uma viagem inesquecível.
Receitas italianas tradicionais
Macarrão Carbonara (por Paola Carosella)
O macarrão Carbonara é uma receita típica da culinária italiana, feita com massa de spaghetti e um molho à base de Guanciale – um tipo de bacon não defumado, preparado com as bochechas do porco. Também leva ovo, queijo e pimenta do reino à gosto.
Existem várias histórias contadas sobre a origem deste famoso prato. Uma delas afirma que os carvoeiros (carbonari, em italiano) teriam criado a receita e levado para Roma. Há quem acredite que se trata de uma evolução do cacio e pepe, fortificado com gemas e carne de porco.
Outra versão remonta à Segunda Guerra Mundial, quando os soldados americanos que lutavam na Itália teriam criado o prato com ingredientes disponíveis no momento – ovos e bacon. Há também os que defendem que já era uma comida caseira amplamente feita pelos romanos desde o início do século 20, com penne, ao invés de spaghetti.
Uma outra hipótese indica que o prato foi criado por um cozinheiro da Carbonia, a oeste de Cagliari. A verdade é que, independentemente da origem, o macarrão Carbonara se popularizou devido ao sabor marcante e é um prato muito apreciado em todo o mundo.
Paola Carosella – chef de cozinha argentina de ascendência italiana e naturalizada brasileira. Ela nasceu em Buenos Aires, em 1972, e iniciou sua carreira na gastronomia aos 20 anos. A chef trabalhou em diversos restaurantes renomados na Europa antes de se mudar para o Brasil em 2001.
Aqui, tornou-se jurada do programa MasterChef Brasil e abriu seu próprio restaurante, o Arturito. Paola é reconhecida por sua cozinha autoral e por sua defesa da valorização de ingredientes locais e da agricultura familiar.
Polpeta Italiana (por Mohamad Hindi)
A origem das polpetas italianas remonta ao século XIV, quando foram criadas como uma solução criativa para aproveitar as sobras de carne moída, pão ralado e queijo. Esses ingredientes foram habilmente combinados com ervas e temperos, e moldados em pequenas bolinhas, posteriormente fritas ou assadas.
Com o passar do tempo, cada região italiana desenvolveu sua própria versão, usando diferentes tipos de carne (como bovina, suína ou mista), além de adicionar seus próprios temperos e especiarias distintas.Hoje, as polpetas italianas são consideradas uma especialidade culinária, servidas com molho de tomate, e acompanhadas de massa ou batatas.
Mohamad Hindi – De ascendência libanesa, ganhou notoriedade a partir de sua participação no programa MasterChef em 2014. Ele possui um canal no YouTube com uma base de mais de 2,8 milhões de seguidores, onde compartilha suas paixões pela gastronomia e viagens. Além de ensinar receitas, Mohamad explora diversas cidades e oferece recomendações dos melhores locais para saborear uma boa refeição.
Ravioli de ricota e espinafre (Erick Jacquin)
O ravioli é uma massa recheada amplamente apreciada na culinária italiana. Assim como o Macarrão Carbonara, existem várias histórias sobre sua origem. Acredita-se que tenha nascido na Ilha da Sicília, famosa por suas iguarias culinárias. A palavra “raviolo” deriva do termo latino “graviolo”, que significa “cheio” ou “pesado”. No entanto, devido aos dialetos locais, em que é comum eliminar o som “g” antes do “r”, “graviolo” se transformou em “raviolo”.
A primeira menção registrada de ravioli remonta ao século XIV, nos escritos de Francesco di Marco Datini, um mercador de Veneza. Um manuscrito veneziano revelou uma receita de ravioli composta por ervas verdes misturadas com ovo batido e queijo fresco, cozido em um caldo de carne.O ravioli tem uma forma característica de pequenos quadrados ou círculos de massa, recheados com uma variedade de ingredientes, como queijo, carne, vegetais e até mesmo frutos do mar. Ele se espalhou por toda a Itália, adquirindo ao longo do tempo diferentes variações de recheios e molhos em cada região italiana, tornando-se um tesouro culinário amado em todo o país.
Erick Jacquin – Renomado chef de cozinha francês, naturalizado brasiliero, e jurado do programa MasterChef Brasil. Antes de sua vinda para o país, ele construiu uma sólida carreira em renomados restaurantes na
Após receber o convite para comandar o restaurante Le Coq Hardy, Jacquin decidiu se mudar para o Brasil. Desde então, ele esteve à frente de diversos estabelecimentos gastronômicos, incluindo o Café Antiqüe, Duke Bistrot e La Brasserie, conquistando um reconhecimento significativo e se tornando um dos chefs mais respeitados do país.
Atualmente, Jacquin é proprietário dos prestigiados restaurantes Président e Ça-va, localizados na capital paulista, onde demonstra sua paixão pela culinária ao apresentar pratos sofisticados e de excelência.
Orecchiette (por Rita Lobo)
A Orecchiette é uma massa tradicional da culinária italiana, originária da região da Apúlia, localizada no sul do país. Seu nome, que significa “pequena orelha” em italiano, faz referência ao formato característico da massa, que lembra pequenas orelhas. Acredita-se que a Orecchiette tenha sido criada há séculos por agricultores locais, que moldavam a massa à mão utilizando apenas farinha e água.
Hoje em dia, a Orecchiette é apreciada em todo o mundo e é frequentemente servida com molhos ricos à base de tomate, legumes frescos ou até mesmo com frutos do mar. Experimentar a Orecchiette em casa pode ser uma maneira deliciosa de desfrutar de receitas autênticas da Itália e viajar pelos sabores do país sem sair de casa.
Rita Lobo – chef de cozinha, apresentadora de televisão e escritora brasileira, conhecida por popularizar a culinária e incentivar o preparo de refeições saudáveis em casa. Ela é a criadora e apresentadora do programa “Cozinha Prática”, exibido no canal GNT, onde compartilha dicas, técnicas e receitas práticas para facilitar o dia a dia na cozinha.
Além de sua presença na televisão, Rita Lobo também é autora de diversos livros de culinária, nos quais compartilha suas receitas e sua filosofia de uma alimentação equilibrada e saborosa. Com seu carisma e expertise, Rita Lobo se tornou uma referência na gastronomia brasileira e inspira muitas pessoas a descobrirem o prazer de cozinhar.
Molho Pesto (Por Léo Abreu)
O Molho Pesto é uma deliciosa e aromática preparação da culinária italiana, originária da região da Gênova. O primeiro registro do molho foi encontrado no livro “Cuciniera Genovese”, de 1863.
O nome “pesto” deriva da palavra italiana “pestare”, que significa “amassar” ou “moer”, em referência ao método tradicional de preparo do molho. A receita original consiste em uma combinação de manjericão fresco, alho, queijo parmesão, queijo pecorino, azeite de oliva e sal, todos moídos em um pilão até obter uma pasta verde.
O Molho Pesto é conhecido por seu sabor intenso, sendo utilizado para temperar massas, acompanhamentos e até mesmo como base para outras preparações culinárias. Sua popularidade transcendeu fronteiras e hoje é apreciado em todo o mundo como um símbolo da culinária italiana autêntica.
Léo Abreu – Nascido em São Paulo, o chef Léo Abreu encontrou seu lar em Florianópolis, onde atualmente comanda o restaurante Ferro. Ele também possui um canal no Youtube, com mais de 800 mil seguidores, onde compartilha receitas de maneira versátil, cativando o público e despertando emoções por meio da comida.
Em seus vídeos, ele também compartilha histórias pessoais, revelando suas raízes na cozinha desde a infância. A jornada culinária de Léo Abreu é uma combinação de paixão, talento e dedicação.
Pane Carasau com Ricota e Tomate (por Max Máriola)
O Pane Carasau, um pão característico da Sardenha, é preparado com semolina de trigo duro, água, sal e fermento natural. Também conhecido como Carta di Musica, que significa “folha de música” em italiano, o Pane Carasau remonta a tempos antigos, sendo considerado um alimento básico entre os pastores da região.
Sua origem remonta à necessidade de ter um pão durável e fácil de transportar durante as longas jornadas pelos pastos. A massa do Pane Carasau é estendida em camadas finas e assada em forno a lenha, resultando em uma textura crocante e leve.
Max Máriola – Chef italiano, nascido em Roma, professor e apresentador do Canal Gambero Rosso. Possui mais de 650 mil seguidores no Youtube e 1,5 milhão no Instagram, onde ensina receitas e recebe convidados.
Fregola com linguiça calabresa (Por Henrique Fogaça)
A Fregola é um tipo de massa tradicional originária da região da Sardenha, na Itália. Seu nome deriva do latim
A massa é produzida a partir da sêmola de trigo, de forma semelhante ao cuscuz marroquino. Em seguida, é tostada no forno, etapa fundamental que lhe confere um sabor peculiar e uma textura única. A Fregola pode ser combinada com diversos molhos, mas uma das versões mais tradicionais é com mexilhões e vôngoles, ressaltando assim o sabor do mar.
Henrique Fogaça – Renomado chef de cozinha brasileiro que construiu uma carreira sólida e inspiradora. Nascido em Piracicaba, interior de São Paulo, ele encontrou sua paixão pela gastronomia por meio da necessidade de cozinhar sua própria comida.
Inicialmente trabalhando em um banco, Henrique começou a aprender receitas básicas com a ajuda de sua avó e, com o tempo, aperfeiçoou seus pratos e desenvolveu um amor pela culinária. Para se sustentar, começou a vender hambúrguer em uma kombi e, posteriormente, sanduíches de porta em porta.
Com determinação e dedicação, Henrique conseguiu estágio com o renomado chef Alex Atala e, em 2005, abriu seu próprio restaurante, o Sal Gastronomia, que se tornou um sucesso. Além de sua carreira como chef, Henrique Fogaça tornou-se uma figura conhecida pelo público ao participar do programa MasterChef Brasil.
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