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Viaje pelos sabores e pela história do Caminho do Vinho, um roteiro turístico incrível que pode ser feito a partir de Curitiba e que celebra a tradição dos imigrantes no Paraná
A produção de vinhos no Paraná vai além da simples fabricação da bebida. Ela mantém viva a tradição dos imigrantes europeus que chegaram a essa região do Sul do Brasil há muitos anos e que começou muito despretensiosamente. É o caso, por exemplo, da vinícola do Vô Vito, hoje gerenciada pelos filhos e netos do italiano, mas que teve início em sua produção caseira de vinhos para consumo próprio.
Isso e muito mais você verá ao percorrer o Caminho do Vinho em São José dos Pinhais, no passeio promovido pela Serra Verde Express a partir de Curitiba. Idealizado para promover não só as vinícolas locais, mas também fortalecer o legado dessas famílias, o roteiro turístico leva a lugares surpreendentes. E revela ótimos rótulos de vinhos, mostrando a produção e a história por trás da fabricação da bebida.
Para quem faz o passeio no período da manhã, este roteiro no Paraná inclui, ainda, degustação de diferentes tipos de vinhos, um delicioso almoço colonial em um restaurante irresistível de São José dos Pinhais e a visita a uma plantação de morangos. Já quem opta por fazer o passeio à tarde, experimenta um café colonial incrível.
Caminho do Vinho: tradição das vinícolas no Paraná
O roteiro Caminho do Vinho, em São José dos Pinhais, concentra várias vinícolas tradicionais do Paraná em uma região que, por muitos anos, foi uma grande produtora de uvas. Atualmente, devido a mudanças do solo e condições de plantio, a maior parte das vinícolas importa as uvas do Rio Grande do Sul, mas mantém a produção do vinho nesta região.
Desse modo, perpetuam a tradição de seus antepassados, imigrantes europeus que se estabeleceram no Paraná, sobretudo italianos. Como consequência, hoje o estado produz vinhos finos em vinícolas premiadas e é um importante polo do enoturismo no Brasil – modalidade do turismo que permite não apenas apreciar a bebida, mas conhecer a cultura local em que ela é preparada.
O roteiro da Serra Verde Express privilegia, justamente, a riqueza cultural das vinícolas do Caminho do Vinho, levando os turistas a lugares cheios de história e, claro, ótimos rótulos da bebida. Confira, a seguir, detalhes sobre as vinícolas do passeio:
Adega Bortolan
Primeira parada do roteiro, a Adega Bortolan é também a primeira adega do Caminho do Vinho toda feita em pedra. O lugar é belíssimo e remete a uma típica adega italiana. Ela tem mais de 80 anos de tradição e foi fundada por Leopoldo Bortolan, filho de Miguel Bortolan e Catharina Pietroski Bortolan.
Nela é possível provar tanto vinhos quanto cachaças, além de comprar diferentes rótulos da bebida e outros produtos, como salames, geleias, queijos e doces. Fora do roteiro da Serra Verde Express, é possível visitar a Adega Bortolan de terça a domingo, das 10h às 18h.
Vinhos Vô Vito
Bem próxima à Adega Bortolan, outra vinícola imperdível do Caminho do Vinho é a Vinhos Vô Vito. Além da produção e venda da bebida, o lugar funciona como uma espécie de museu que homenageia a história de Arvito Pissaia, o Vô Vito. Ele aprendeu a produzir seu próprio vinho com o pai, Alécio Pissaia, que veio da província de Vêneto, na Itália, em 1877.
Hoje, seus filhos e netos mantêm a produção dos vinhos no espaço em que, antes, o Vô Vito tinha uma singela venda. E, nele, preservam a memória através dos objetos e registros fotográficos do nono da família. A vinícola produz vinhos de diferentes tipos, incluindo uma nova linha assinada pelos netos. A Vinhos Vô Vito abre todos os dias, das 9h às 18h.
Vinhos do Italiano
Maior produtor de vinho dessa região de São José dos Pinhais, a Vinhos do Italiano é mais uma vinícola para conhecer no roteiro pelo Caminho do Vinho da Serra Verde Express. Ela pertence à família Belino, que veio da Sícilia, na Itália, e chega a produzir mais de 300 mil litros da bebida por ano.
A loja da Vinhos do Italiano no Caminho do Vinho é grandiosa e permite aos visitantes visualizar o local de produção e armazenamento do vinho. Ao visitá-la, não deixe de percorrer o túnel que leva à fábrica. Garanta também os produtos da loja, que vão dos melhores rótulos de vinhos a queijos, salames, salgados e doces caseiros. A Vinhos do Italiano abre todos os dias, das 9h às 18 horas.
Roteiro pelo Caminho do Vinho a partir de Curitiba
O Caminho do Vinho é um roteiro turístico tradicional de São José dos Pinhais e uma das principais rotas rurais do sul do Brasil. Sua criação ocorreu em 1999 e teve como objetivo incentivar os produtores locais, descendentes de imigrantes europeus que se instalaram na região, sobretudo italianos.
O nome vem do fato de o roteiro turístico ser feito em uma rua, na Colônia Mergulhão, que concentra 34 propriedades rurais envolvidas nas mais diversas atividades. Lá é possível encontrar desde as vinícolas até restaurantes, cafés coloniais, chácaras de eventos e lazer, minhocário, pousadas e lojas de artesanatos.
Você pode percorrer o Caminho do Vinho de maneira autônoma, a bordo do Trenzinho do Caminho do Vinho, que funciona aos domingos e feriados, ou Bus Tour, que circula aos sábados e domingos. Mas a melhor forma de fazer o roteiro é com o acompanhamento de um guia que, além de conduzi-lo pelas atrações, ajuda a compreender a história por trás de cada cantinho.
Esse é o intuito, por exemplo, do roteiro turístico da Serra Verde Express pelo Caminho do Vinho. Ele parte de Curitiba e percorre as principais vinícolas da região. O trajeto é feito em uma van climatizada com o acompanhamento de um guia especializado, que conta sobre a história da região e de cada lugar que se visita. O percurso conta com a visita a três vinícolas, um restaurante e uma plantação de morangos, a Só Morangos, Colha e Pague.
Atrações além das vinícolas
A visita ao Caminho proporciona diferentes experiências que vão além da degustação dos vinhos e compra de produtos relacionados. O roteiro turístico começou com o objetivo de fortalecer os produtores locais, mas se desenvolveu com atrações super interessantes, inclusive para toda a família.
Dentre elas, há a Fazenda Park Mergulhão, que oferece passeios a cavalo, piscinas e outras formas de lazer, além de um restaurante. Existem, ainda, opções de pesque e pague, recantos, bares e cervejarias. Mas as grandes atrações do roteiro, além das vinícolas, são os restaurantes e cafés coloniais, que tornam a experiência gastronômica no Caminho do Vinho completa.
São várias opções de lugares para experimentar verdadeiros banquetes da comida tradicional desta região do Paraná, com pratos que vão de carneiro e porco no rolete à deliciosa costela fogo de chão, no caso dos almoços ou jantares. E para começar ou fechar o dia com chave de ouro, os cafés coloniais trazem mesas fartas de delícias, entre bolos, sobremesas, geleias, pães e tortas.
O Dulce Restaurante, que também mantém o Café Colonial Caminhos do Bosque, é uma das referências gastronômicas do Caminho do Vinho. Ele integra o roteiro da Serra Verde Express e funciona no sistema de buffet coma à vontade, com sobremesas inclusas. O restaurante abre aos sábados, domingos e feriados, das 11h30 às 15h30.
* A jornalista viajou a convite da Serra Verde Express, Viaje Paraná e da BWT Operadora.
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