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Completamente modernizada, a nova base brasileira localizada na Antártica provavelmente vai ser um dos lugares mais surreais que você verá hoje
Quem gosta de frio, viagens durante o inverno ou esquiar na neve, já deve ter imaginado como deve ser a vida na Antártica (também conhecido como Polo Sul). Um pequeno continente branco onde há diferentes estações de pesquisa, inclusive uma base brasileira.
Em janeiro de 2020 foi inaugurada na Antártica, pela Marinha Brasileira, a mais recente estação da instituição. A estação recebeu o nome de Comandante Ferraz, em homenagem ao comandante Luiz Antônio de Carvalho Ferraz, nascido a 21 de fevereiro de 1940 no Maranhão. Por ter feito parte de algumas expedições no ártico a estação recebeu seu nome devido aos feitos de pesquisa realizados pelo Capitão e sua tripulação.
Poucos sabem, mas os maiores países do mundo mantém uma base de pesquisa e estudo em uma das partes mais geladas do planeta. A Antártica, segundo menor continente do mundo, tem uma extensão de 14 milhões de km² de puro gelo e baixas temperaturas em todas as épocas do ano.
De acordo com a pesquisadora Rosalinda Montone, do Instituto Oceanográfico da USP, essa recente base já é considerada uma das mais modernas do mundo. Na mesma entrevista realizada para o Jornal da USP ela revela os desafios interpostos pelas condições climáticas e meteorológicas que dificultavam tanto o acesso a base quanto as comunicações. Não é sempre que há janelas com tempos favoráveis para aterrissar no pequeno continente de gelo.
Pelas fotos é possível apreciar a beleza e dificuldades da região, umas das mais frias do planeta, e que reservam diversos campos de pesquisa e exploração internacional, que, por sua vez, ajudam a compreender fatores como desequilíbrio ambiental causados pelo efeito estufa ou derretimento de calotas polares.
Base brasileira na Antártica
Outros desafios interpostos, para além da dificuldade de acesso ao local, estão associados à mudança de rotina causada pelo clima da região. Por vezes, essas rotinas se alteram, sobretudo quando se trata de pesquisa de coleta de campo, pois em situações mais adversas o trabalho fica inviável. O mesmo ocorre com os fotógrafos do local. Em situações de clima nada ameno, é recomendado não sair para explorar a região e manter-se na base faz toda a diferença para permanecer seguro, pois os riscos de temperatura baixa aumentam. Ainda que todos utilizem roupas e equipamentos apropriados.
Desde de 1982, depois da criação do projeto PROANTAR (Programa Antártico Brasileiro), as expedições à região acontecem. Sempre buscando contribuir com a ciência. Com o passar do tempo os investimento tornaram-se mais frequentes até chegar o momento de inaugurar uma nova base.
A primeira base brasileira, criada em 1984, também localizada na mesma península, sofreu um incêndio que afetou boa parte das instalações. A partir desse evento foi necessário criar uma série de reparos, que permanecem sendo feitos anualmente para uma manutenção segura. Esse incidente não impediu que o Brasil se tornasse parte de um grupo seleto dos Membros Consultivos, galgando uma posição favorável em relação a outros países, no contexto de pesquisa sobre a região Antártica.
As fotos revelam não somente a beleza das nova base, como também suas dimensões extravagantes. Como mencionado acima, é possível notar a modernidade da estrutura, bem como, as diversidades da região em termos climáticos, meteorológicos e também de isolamento. Parece uma base fora da órbita terrestre.
Construção
A construção da base teve como parâmetro regras de preservação ambiental, sobretudo porque a região possui suas complexidades. Anos atrás as alterações no ecossistema da região eram mais agressivas, principalmente por conta das grandes pescas e a caça a baleias e focas. Essas alterações foram se tornando cada vez mais estabilizadas, graças à incentivos em leis de proteção ambiental da região e seu monitoramento. Mesmo hoje, ainda é possível notar alguns casos como antes, mas, no geral, os números de infrações são bem menores e a ciência tem se mantido cada vez mais modernizada para fiscalizar essas práticas com rigor.
Esses protocolos serviram também como parâmetro para os cientistas da região, que visam, constantemente, proteger a fauna e flora local. Assim como, seus processos de pesquisa buscam constantemente viabilizar novas condutas de proteção do meio ambiente, seja na própria Antártica, seja em outras regiões, afinal, capturar esses estudos ajudam a compreender as alterações climáticas e ambientais em todo o globo terrestre. A Antártica reflete de forma ainda mais nítida o que ocorre ao redor do planeta. Esse é um dos motivos pelo qual diferentes países do mundo mantém exposições permanentes neste pequeno e isolado continente.
Certamente, esses avanços científicos, alinhados a preservação ambiental, conquistados pelos cientistas da marinha internacional e brasileira, representam novas perspectivas de respeito ao meio ambiente e de todos os seres vivos. E as fotos, essas mostram um pouco da dificuldade em viver meses em isolamento em um local com frio extremo. Teria coragem de fazer uma viagem dessas?
Fotos
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