Estudar e trabalhar no Canadá: veja nova regra de intercâmbio no país

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Ficou mais fácil realizar o sonho de fazer intercâmbio no Canadá com a nova regra que permite estudar e trabalhar com maior carga horária no país

Fazer intercâmbio no Canadá é o sonho de muitos brasileiros. E não é difícil entender o porquê. O país tem excelente qualidade de vida e programas de estudo excepcionais para estrangeiros, que permitem aprender inglês e imergir na cultura local. Além disso, diferente de outros países, oferece ao estudante a possibilidade de trabalhar enquanto realiza o intercâmbio, o que facilita se manter financeiramente por lá.

E a grande novidade é justamente em relação a isso. O governo canadense acaba de anunciar que vai suspender o limite de 20 horas semanais de trabalho para estudantes em intercâmbio. Isto, na prática, significa que os intercambistas terão mais liberdade para fazer jornadas de trabalho de acordo com suas necessidades financeiras. E, inclusive, bancar seus cursos com a renda recebida, já que grande parte dos programas permite o pagamento enquanto se estuda.

Nova regra de intercâmbio

Regra de intercâmbio no Canadá
Foto: Aditya Chinchure/Unsplash

O anúncio da suspensão do limite de 20 horas de trabalho semanais foi feito pelo Ministério de Imigração, Refugiados e Cidadania do Canadá (IRCC) no início de outubro. Mas a nova regra entrará em vigor apenas no dia 15 de novembro, tendo validade até 31 de dezembro de 2023. Há a possibilidade, ainda, de prorrogação, de acordo com o governo canadense.

O objetivo, segundo nota do IRCC, é suprir a demanda por profissionais durante a retomada econômica pós-pandemia, já que as empresas estão enfrentando dificuldade em encontrar mão de obra para diversos postos. “Essa mudança temporária reflete o importante papel que os estudantes internacionais podem desempenhar na solução de nossa escassez de mão de obra, enquanto continuam seus estudos”, afirmou em nota.

Até então, somente os estudantes que trabalham dentro do campus não têm limite de horas de trabalho por semana. Já os que possuem trabalhos fora das instituições de ensino não podem ultrapassar 20 horas semanais, o que vai mudar com a nova regra.

“Ao permitir que os estudantes internacionais trabalhem mais enquanto estudam, podemos ajudar a aliviar as necessidades prementes em muitos setores em todo o país, ao mesmo tempo em que oferecemos mais oportunidades para que os estudantes internacionais ganhem uma valiosa experiência de trabalho canadense e continuem contribuindo para nossa recuperação de curto prazo e prosperidade”, ressaltou o ministro Sean Fraser, do IRCC.

De acordo com o governo canadense, há mais de 500 mil estudantes internacionais no país que se enquadram na nova regra de trabalho. Já o nível de desemprego está em 5,2% e há a estimativa de que existam um milhão de oportunidades de emprego. Para resolver a questão, além da suspensão do limite de horas, o Canadá anunciou também que espera atrair mais de um milhão de imigrantes para suprir a demanda.

Estudar e trabalhar no Canadá

Intercâmbio no Canadá
Foto: Ryan/Unsplash

Do lado dos intercambistas, a possibilidade de estudar e trabalhar no Canadá é muito benéfica, segundo o CEO da Seda Intercâmbios, Helicon Alvares. “Ter a oportunidade de trabalhar em período integral significa que, além de custear todas as suas despesas no país, o estudante ainda terá recursos para viajar ou mesmo poupar, já que receberá em uma moeda que vale quase quatro vezes mais que o Real”, destaca. 

Alvares explica que, no Canadá, o salário é pago por hora trabalhada. Desse modo, com mais horas de trabalho o estudante terá maior renda e qualidade de vida. Segundo a Seda Intercâmbios, o custo de vida no Canadá varia conforme a cidade, mas, em geral, é possível viver muito bem com algo em torno de 1,5 mil dólares canadense (CAD). E, considerando que salário-mínimo no país é de CAD 13 por hora, o trabalho em período integral pode significar uma renda mensal bruta de CAD 2.080 mil para os estudantes.

Entretanto, quem optar por trabalhar mais durante o período de intercâmbio terá como desafio conciliar os estudos com o trabalho. Isto porque, apesar de suspender o limite de 20 horas de trabalho semanais, o governo canadense restringiu a nova regra apenas a estudantes em período integral. Quem reduz a carga horária do curso para meio período não é elegível para assumir empregos fora do campus.

Intercâmbio no Canadá

Viajar em intercâmbio
Foto: David Mark/Pixabay

Helicon Alvares destaca que há  inúmeras opções de cursos em diversas áreas e níveis para intercâmbio no Canadá. Além disso, segundo ele, não é preciso um investimento muito alto para realizar o sonho de estudar por lá. Isto porque é possível ingressar em um programa de estudo e trabalho com um investimento inicial de apenas CAD 500, cerca de R$ 1.800.

E mais, você pode, inclusive, conseguir um crédito estudantil. O financiamento cobre té 90% do valor em até 24 vezes, com carência de seis meses para começar a pagar. “Há uma análise de crédito humanizada, que entende que o intercambista está iniciando sua carreira e, através de sua capacitação e ingresso no mercado de trabalho, irá pagar o financiamento”, pontua Helicon Alvares.

Um curso de técnico de Custumer Service com duração de seis meses na Toronto School of Management, por exemplo, sai por CAD$ 5.750,00. Já um curso de pós-graduação em Product Management, com duração de um ano na Fleming College Toronto, custa em torno de CAD$ 16 mil. Enquanto um MBA na renomada University Canadá West, com duração de dois anos, custa CAD$ 32 mil. As informações dos valores são da Seda Intercâmbios.

“Um facilitador é que a maioria dos cursos não precisam ser pagos 100% no Brasil. Boa parte do investimento pode ser paga no decorrer do curso e, eventualmente, com os recursos que o aluno estiver ganhando com seu próprio trabalho no Canadá”, esclarece Helicon Alvares.

Além de tudo isso, o governo do Canadá tem programas que facilitam a permanência dos estudantes em intercâmbio no país. Um deles é o Post-Graduation Work Permit, modalidade de visto que permite trabalhar no país por até três anos após a conclusão do curso.  Além disso, os cônjuges dos alunos que se matriculam em cursos com direito ao PGWP recebem o visto com permissão de trabalho. E, caso tenham filhos menores de idade, estes terão acesso à escola pública gratuitamente.

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