Trem Nariz do Diabo: uma viagem pelas montanhas do Equador

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Um dos nove roteiros ferroviários do Equador, o trem Nariz do Diabo leva a uma viagem pelas montanhas imponentes do cânion do rio Chanchán

Há quem diga que o trem Nariz do Diabo é um dos mais perigosos do mundo. Mas a verdade é que essa fama não reflete exatamente o que é este roteiro turístico do Equador, um dos mais interessantes do país. A ferrovia corta um trecho da Cordilheira dos Andes com imponentes cânions e belos rios, e leva os passageiros a mais de 500 metros de altitude abaixo, em curvas sinuosas, vale adentro. Porém, com toda segurança para apreciar as belas vistas das montanhas do Equador. O trem do Nariz do Diabo – ou Nariz del Diablo, em espanhol – é um dos nove roteiros ferroviários do Equador e o que desperta mais a curiosidade dos turistas. Isto porque, além do nome e da fama de ser perigosa, há várias histórias que cercam a ferrovia, principalmente da época de sua construção. Mas este é um passeio contemplativo imperdível que, além dos cenários deslumbrantes, revela características da cultura local.

Viagem pelas montanhas do Equador

trem nariz del diablo equador
Foto: Divulgação

O nome Nariz do Diabo vem, justamente, do local que o trem percorre, em uma viagem pelas montanhas do Equador. A ferrovia parte da estação da cidade de Alausi, onde termina a Avenida dos Vulcões, e desce mais de 500 metros de altitude, em zigue-zague, entre os paredões perpendiculares do cânion do rio Chanchán. Com 12,5 km de extensão, o trajeto é percorrido, ida e volta, em 2 horas e meia de duração. E, das janelas panorâmicas do trem, os passageiros podem observar a linda paisagem da região. O destino é a estação de Sibambe, um pequeno povoado no fundo do vale. Nele, os 120 passageiros do trem Nariz do Diabo encontram um museu e uma feirinha de artesanatos produzidos pelo povo Puruhua. Além disso, assistem a apresentações de danças típicas e podem saborear delícias típicas em um restaurante local. Entre elas, o tigrillo, feito com banana cozida, ovo e queijo, ou o quimbolito, bolo doce que vem enrolado em folha de bananeira. Depois, retornam para Alausi. Durante o passeio, tanto na ida quanto na volta, um guia fornece informações sobre os trechos mais bonitos para fotos, assim como sobre as particularidades da ferrovia, que tem uma das engenharias mais impressionantes do mundo. Afinal, o trem do Nariz do Diabo percorre curvas extremamente sinuosas, em descidas e subidas íngremes, entre paredões rochosos gigantescos.

Trem Nariz do Diabo

trem equador
Foto: Divulgação

A fama de perigoso do trem Nariz do Diabo não vem apenas do seu trajeto pelas montanhas do Equador, mas também de como essa viagem era feita. Antes, muitos passageiros faziam o trajeto do teto do trem, a céu aberto. Porém, um acidente fatal em 2008 colocou fim à prática. Além disso, em sua construção, na virada do século XIX para o século XX, estima-se que mais de 2.500 trabalhadores tenham morrido no local, por conta do trabalho com as dinamites que colocaram abaixo grandes trechos de rochas para a instalação dos trilhos. No entanto, tudo isso ficou para trás e, hoje, o trem Nariz del Diablo percorre o trecho com toda segurança. Aliás, é patrimônio histórico e nacional do Equador e um dos principais atrativos turísticos da região. Há saídas de terça a domingo, às 8 horas e às 11 horas, com um horário extra aos feriados, às 14 horas.

Mais viagens de trem no Equador

trem nariz del diablo equador
Foto: Divulgação

O trem Nariz do Diabo leva a uma das melhores viagens pelas montanhas do Equador, mas não é o único nem o mais famoso roteiro ferroviário do país. Além dele, há outras rotas que rendem ótimos passeios pelas paisagens e cultura locais. São elas: Trem de Cruzeiros, Trem da Liberdade, Trem do Gelo e Baños del Inca, feita pelo trem Tambo-Coyoctor. A mais famosa, porém, é o Trem de Cruzeiros – ou Tren Crucero, em espanhol -, que percorre o trajeto Quito e Guayaquil ou vice-versa. Com duração de 4 dias, a viagem permite ao viajante contemplar desde as montanhas nevadas até o Cotopaxi, o terceiro maior vulcão ativo do mundo. E mais, possibilita aos viajantes conhecer mais da cultura e da gastronomia do Equador.

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