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Março de 2021 marca o início dos testes de embarques aéreos feitos de maneira completamente digital no Brasil. A iniciativa – nomeada de “Embarque + Seguro” – partiu do Governo Federal e começou a ser testada no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). De acordo com as instituições, o objetivo do programa é criar uma alternativa mais ágil e eficiente para otimizar o processo de embarque nos aeroportos de todo o Brasil.
De acordo com a administradora do terminal aeroportuário do Rio de Janeiro, a Infraero, a tecnologia já era amplamente fornecida em terminais internacionais. A versão brasileira do embarque digital, no entanto, conta com a tecnologia do Serpro, base de dados ampla e unificada que torna a checagem de informações dos passageiros muito mais rápida.
Caso o projeto piloto seja aprovado, o Governo Federal tem a intenção de implementar o programa de embarque aéreo em todos os principais aeroportos brasileiros.
Testes preliminares serão conduzidos no Aeroporto Santos Dumont até o segundo trimestre de 2021. O Ministério da Infraestrutura afirma que os próximos pontos de implementação serão o Aeroporto de São Paulo/Congonhas (CGH) e o Aeroporto Internacional de Confins, localizado em Minas Gerais.
Como funciona o embarque aéreo digital?
A tecnologia desenvolvida pela Serpro consiste em um aplicativo que permite o cadastro de informações de passageiros por parte das companhias aéreas. Entre os dados utilizados – mediante a autorização do passageiro -, estão nome completo, CPF e foto.
Gileno Barreto, presidente do Serpro, explica que toda a operação está dentro dos conformes na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): “Dessa vez, automatizamos o consentimento para tratamento dos dados do cidadão, de forma prática e alinhada à Lei Geral de Proteção de Dados”.
Barreto continua, ainda: “Temos o compromisso com a proteção dos dados pessoais e, antes, o processo de consentimento era feito em papel com a assinatura do titular dos dados. Agora, basta o passageiro selecionar o botão de aceite na mensagem que ele recebe pelo celular”. Apesar da mudança no embarque e a dispensa de bilhetes aéreos, procedimentos como o despacho de malas de viagem se mantêm inalterados.
Paulo Eduardo Cavalcante, superintendente de Gestão da Operação da Infraero, explica que o novo modelo de embarque aéreo é mais eficiente: “No presente caso, por exemplo, o tempo de checagem, por passageiro, com a nova ferramenta, é de aproximadamente dois segundos. Além disso, uma das grandes vantagens é a dispensa da necessidade de manuseio de papéis e documentos, uma medida alinhada às melhores práticas de combate à covid-19 e que a Infraero já vem adotando em seus aeroportos”.
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