Brasileira está há 12 anos viajando o país de moto sozinha

Mineira de Uberlândia começou a se aventurar sozinha de moto pelo Brasil aos 19 anos. Em 12 anos, já viajou mais de 180 mil km em uma Honda Fan 150 cilindradas. Próximos planos incluem explorar os países da América do Sul

Lugar de mulher é… viajando o mundo. Foi pensando na sensação de liberdade que viajar de moto pode proporcionar que a mineira Celina Martins começou a se aventurar pelo Brasil quando tinha 19 anos. Hoje, com 31 anos, já percorreu sozinha mais de 180 mil km passando por todos os estados do país e suas capitais em uma Honda Fan 150 cilindradas.

Nascida em Uberlândia, em Minas Gerais, morou em Frutal toda a sua infância e adolescência e, atualmente, tem uma casa em São José do Rio Preto, em São Paulo. Celina é formada em Química, mas não atua na área. Para pagar os custos de suas viagens, trabalha como social media, principalmente para empresas do segmento de motos. A criadora de conteúdo digital tem mais de 360 mil seguidores no Instagram, onde conta um pouco do seu cotidiano e experiências. 

Sua conexão com as motocicletas começou despretensiosamente.“Comecei a rodar de moto para trabalhar e vi a sensação de liberdade. Além disso, percebi que a moto poderia me levar a qualquer lugar de forma rápida, prática e barata”, conta. Assim, ela começou a fazer pequenas viagens pelo Triângulo Mineiro e depois resolveu ampliar seus limites e viajar pelo Brasil todo.

“Em abril deste ano, concluí esse meu primeiro projeto. Passei por todos os estados e capitais do Brasil, além dos quatro extremos do país, tudo isso na minha moto 150 cilindradas, com placas de Frutal”, destaca.

Desafios na estrada e aprendizados

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Celina explica que viajar sobre duas rodas no Brasil exige muita força mental, devido aos perigos com a precariedade das estradas e a violência. “Felizmente, nunca passei por nenhuma ocorrência, mas já vivi alguns perrengues”, conta a motociclista. Entre os desafios vividos, a criadora de conteúdo já precisou pedir ajuda em plena rodovia ao ter o pneu da moto furado.

Refletindo sobre sua trajetória, ela divide os aprendizados: “Hoje, dou mais valor a pequenas coisas. Percebo também que a gente não consegue controlar o tempo e tudo ao mesmo tempo e que muitas vezes a gente tem de deixar as coisas acontecerem por si só.” De todos os destinos que passou, o Amazonas foi o lugar que mais a impressionou. “Tanto pelas várias realidades quanto por sua beleza”, explica.

Atualmente, Celina continua na estrada, conhecendo o interior de vários estados brasileiros. Em breve, ela quer ir mais longe e pretende viajar pelos países da América do Sul. Seu recado para todos é que não se deve esperar a condição perfeita para seguir atrás de suas vontades. “Se eu ficasse falando ‘quando eu tiver uma moto maior e melhor eu vou, quando eu tiver dinheiro eu vou’, talvez eu nunca tivesse vivido essas experiências”, finaliza. 

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