Itália tem dois vilarejos entre os melhores do mundo para turismo

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Vilarejos na Itália se destacaram entre os melhores do mundo para o turismo em um ranking com 32 aldeias em 18 países da Organização Mundial de Turismo das Nações Unidas, Isola del Giglio, Sauris-Zahre

A Organização Mundial de Turismo das Nações Unidas (OMT) divulgou, recentemente, um ranking com os melhores vilarejos turísticos do mundo. Para a eleição, a agência reconheceu, principalmente, os esforços desses locais para melhorar a sustentabilidade social e ambiental. E a Itália se destacou ao garantir duas posições na lista, com os vilarejos de Isola del Giglio, na Toscana, e Sauris-Zahre, na região de Friuli-Venezia Giulia.

No total, o ranking da OMT teve 32 vilas em 18 países, incluindo Espanha, China, Israel e Vietnã. A escolha foi feita por uma comissão de avaliação independente entre 130 candidaturas apresentadas por 57 países. Os vilarejos eleitos receberão o prêmio como um “sinal de excelência global em programas de desenvolvimento sustentável para o alcance dos objetivos da ONU”, segundo a agência.

De acordo com a OMT, o ranking tem como objetivo “premiar abordagens inovadoras ao turismo em meio rural, capazes de assegurar a proteção dos pequenos municípios e das suas paisagens no respeito pela diversidade natural e cultural, pelos seus valores e atividades tradicionais”.

Sauris-Zahre, um vilarejo encantador na Itália

Melhores vilarejos do mundo para turismo
Foto: Johann Jaritz/Wikimedia Commons

Sauris-Zahre é um bom exemplo disso e, por isso, não é à toa que está entre os melhores vilarejos do mundo para o turismo sustentável. Localizada no nordeste da região de Friuli-Venezia Giulia, a comunidade é cercada por encostas verdejantes e picos nevados. 

O vilarejo é o mais alto dessa parte da Itália, estando entre 1.000 e 1.400 metros acima do nível do mar, e oferece aos turistas uma experiência imersiva numa típica paisagem alpina, com suas casas de madeira escuras em meio a bosques densos e campos floridos.

Devido ao semi-isolamento decorrente de sua localização, Sauris-Zahre mantém antigas tradições, costumes, arquitetura e linguagem de séculos atrás. O nome Zahre vem justamente do dialeto local, que deriva do alemão e foi a língua dos primeiros colonizadores desta região italiana.

Mas não é só isso. Este vilarejo na Itália também se modernizou ao longo do tempo e, hoje, oferece uma ótima estrutura turística. Desde 1994, Sauris-Zahre possui um “hotel espalhado” em que os hóspedes ficam em acomodações distribuídas pela vila. A ideia é que os turistas tenham mais contato com os moradores de lá e aprendam sobre a vida local. O vilarejo possui, ainda, uma fábrica de speck (um tipo de presunto cru), uma cervejaria artesanal e uma refinaria de queijo.

Isola del Giglio, um dos melhores vilarejos para turismo

Itália tem dois dos melhores vilarejos do mundo
Foto: Wikimedia Commons

Também na Itália, a Isola del Giglio é mais um dos melhores vilarejos para turismo do mundo. Ela fica na costa da Toscana, no mar Tirreno, e é formada por duas ilhas vizinhas, Giglio e Giannutri. Totalmente comprometida com a preservação de seu meio ambiente marinho, a comunidade tem sistemas para monitorar a poluição do mar e coletar resíduos.

Outra iniciativa de turismo sustentável é que os hotéis, restaurantes e bares de Isola del Giglio levam a sério a política sem plástico. Tanto que os operadores turísticos das ilhas quase eliminaram os plásticos descartáveis em seus estabelecimentos, segundo a OMT.

Além disso, ao visitar este vilarejo, os turistas podem mergulhar na história das ilhas, que remonta ao período neolítico. Lá é possível, por exemplo, ver artefatos etruscos e ruínas romanas, como a villa à beira mar construída pelo imperador Domiciano na ilha Giannutri.

Vilarejos da Itália entre os melhores do mundo

Itália: Sauris-Zahre
Foto: Johann Jaritz/Wikiwand

Os vilarejos eleitos farão parte da rede global das Melhores Aldeias Turísticas e poderão trocar experiências e boas práticas com especialistas e parceiros dos setores público e privado. A OMT fará a cerimônia de premiação em Al-Ula, na Arábia Saudita, nos dias 27 e 28 de fevereiro.

O ranking traz também lugares como Zell am See e Wagrain, na Áustria; Puqueldón, no Chile; Dazhai e Jingzhou, na China; Choachí, na Colômbia; Aguarico e Angochagua, no Equador; Mestia, Geórgia; Kfar Kama, Israel; Creel e El Fuerte, no México; Ksar Elkhorbat, Marrocos; Lamas e Raqchi, no Peru; Castelo Novo, em Portugal; Rupit e Guadalupe, na Espanha; entre outros.

E, além dos dois vilarejos eleitos entre os melhores do mundo para turismo, a Itália também teve a vila Otricoli, na Úmbria, selecionada para participar do “Best Tourism Village Upgrade Programme”. Este é um programa de apoio da OMT que acompanhará 20 lugares na jornada para atingir a plena realização da excelência.

São eles: Trevelín, (Argentina); Krupa na Vrbasu (Bósnia-Herzegovina); Fontainhas (Cabo Verde); Ninhué (Chile); San Vicente de Chucuri e Barichara (Colômbia); Kalopanagiotis e Pissouri (Chipre); Adaba (Etiópia); Khonoma (Índia); Neot Semadar (Israel); Otricoli (Itália); Ngwesi (Quênia); Grand Baie (Ilhas Maurício); Bella Vista (Paraguai); Istebna (Polônia); Ferraria de São João (Portugal); Castara (Trinidad e Tobago); Anitli e Cumalikizik (Turquia).

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