Centro histórico de Diamantina, uma bela viagem por Minas Gerais

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Conheça o Centro Histórico de Diamantina e todo o charme de uma das belas cidades do interior de Minas Gerais. Explore seus principais atrativos e descubra como chegar a esse destino cultural e turístico

Diamantina, uma das joias do Circuito do Ouro de Minas Gerais, é um destino imperdível para quem busca se conectar com a história e cultura do Brasil. 

Localizada no coração da Serra do Espinhaço, a cidade é reconhecida por seu centro histórico, que oferece uma imersão no período colonial e nos ciclos econômicos que moldaram a região. 

O passeio por suas ruas de pedra revela não apenas a arquitetura preservada, mas também os traços de uma sociedade que viveu intensamente a corrida pelos diamantes e o ouro.

Visitar Diamantina é mais do que um simples passeio: é uma oportunidade de viajar no tempo. O centro histórico, com seus casarões, igrejas e monumentos, reflete a riqueza e a importância da cidade nos séculos passados. 

Além disso, caminhar por suas ladeiras é como folhear um livro de história, onde cada esquina guarda uma memória e cada construção conta um capítulo da trajetória do Brasil colonial.

Para quem busca entender melhor o patrimônio cultural do país, uma visita a Diamantina oferece um panorama completo das transformações sociais e econômicas que ocorreram em Minas Gerais. 

A cidade é um dos destinos mais representativos do interior brasileiro, atraindo turistas interessados em conhecer as raízes e tradições que ainda permeiam a vida cotidiana de seus habitantes.

História de Diamantina: com foco no centro histórico da cidade

Centro histórico de Diamantina
Centro histórico de Diamantina – Foto: Pedro Vilela/MTur Destinos

Diamantina nasceu no século XVIII, durante o auge da exploração de ouro e diamantes no Brasil. Originalmente chamada Arraial do Tijuco, a cidade foi um dos principais centros mineradores de Minas Gerais, atraindo colonizadores, escravos e aventureiros em busca de riquezas. 

Em 1831, devido à importância da extração de diamantes, a cidade foi elevada à categoria de vila e recebeu o nome de Diamantina, em referência à principal atividade econômica local.

O centro histórico de Diamantina reflete essa era de prosperidade e é um testemunho vivo da arquitetura colonial mineira. Composto por casarões, igrejas e ruas de pedra, o centro histórico é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO desde 1999. 

Esse reconhecimento ressalta a importância de Diamantina como um dos principais núcleos urbanos coloniais preservados do Brasil.

Entre os destaques do centro histórico, está a Casa de Chica da Silva, uma das personalidades mais emblemáticas da história da cidade. 

Chica da Silva, a ex-escrava que se tornou uma das mulheres mais influentes da região, viveu em um dos casarões mais notáveis do centro. 

Sua casa, hoje transformada em museu, oferece uma visão detalhada da vida na Diamantina colonial e da complexa relação entre escravos e seus senhores.

Outro marco do centro histórico é a Igreja de São Francisco de Assis, uma construção barroca que remonta ao século XVIII. 

Essa igreja é um dos exemplos mais representativos do estilo arquitetônico da época, com sua fachada imponente e seu interior ricamente decorado. Além disso, a igreja ainda funciona como local de culto e é um ponto de referência para a comunidade local.

O que fazer em Diamantina

O Guia Viajar Melhor vai te mostrar alguns pontos turísticos de Diamantina para você aproveitar a cidade e as belezas naturais da região.

Centro Histórico de Diamantina

Interior de Minas Gerais
Interior de Minas Gerais – Foto: Pedro Vilela/MTur Destinos

O ponto de partida para qualquer visita a Diamantina é seu centro histórico. Caminhar por suas ruas é uma imersão na história do Brasil, com cada esquina revelando uma nova descoberta. 

Para quem chega à cidade, a recomendação é começar pela Praça JK, onde fica o Museu do Diamante. Esse museu, instalado em um casarão do século XVIII, abriga uma coleção de peças que narram a trajetória da mineração na região, além de objetos que retratam a vida cotidiana durante o ciclo do ouro e dos diamantes.

Seguindo pela Rua da Glória, uma das principais do centro histórico, é possível visitar a Casa de Juscelino Kubitschek, outro ponto de destaque. 

O ex-presidente do Brasil nasceu em Diamantina, e sua antiga residência foi transformada em um museu que conta sua trajetória política e pessoal. O local oferece uma visão sobre a infância e juventude de JK, além de sua ligação com a cidade.

Outro ponto imperdível é o Passadiço da Glória, uma estrutura que liga dois casarões históricos por meio de uma passarela suspensa. 

Esse elemento arquitetônico, raro no Brasil, se tornou um dos símbolos de Diamantina e oferece uma perspectiva única da cidade, com suas ruas estreitas e construções coloniais.

Catedral Metropolitana de Diamantina – para quem gosta de turismo religioso

Catedral Metropolitana de Diamantina
A catedral é uma parada quase obrigatória da cidade | Foto: Giorgioglobe/Wikimedia Commons

A Catedral Metropolitana de Diamantina, também conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Conceição, é uma das principais igrejas da cidade e um exemplo da arquitetura religiosa colonial. 

Localizada no centro da cidade, a catedral começou a ser construída no final do século XVIII e só foi concluída em meados do século XIX, refletindo a grandiosidade dos projetos da época.

Para chegar à catedral, partindo do centro histórico, basta seguir a Rua Direita até a Praça Dom Joaquim. A catedral se destaca por sua fachada imponente e por seu interior, que preserva elementos do barroco mineiro. 

A visita ao local é uma oportunidade de conhecer mais sobre a religiosidade que marcou a história da cidade e sua importância para a comunidade local.

Dentro da catedral, os visitantes podem apreciar o altar-mor, decorado com talha dourada, e as imagens sacras que compõem o acervo da igreja.

Além disso, a catedral também é um local de culto ativo, com missas regulares e celebrações religiosas que atraem tanto os moradores quanto os turistas.

Igreja de Nossa Senhora do Carmo – endossando o ar colonial da cidade

Centro histórico de Diamantina, uma bela viagem por Minas Gerais
Local que compõe o ar colonial da cidade | Foto: Giorgioglobe/Wikimedia Commons

Outro ponto religioso importante em Diamantina é a Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Localizada na Rua do Rosário, essa igreja é uma das mais antigas da cidade, com sua construção iniciada em 1760. 

A igreja se destaca por seu estilo rococó, uma variação mais ornamentada do barroco, que pode ser observada em sua fachada e em seu interior ricamente decorado.

Chegar à Igreja de Nossa Senhora do Carmo é fácil, pois ela está localizada próxima ao centro histórico

A visita ao local oferece uma visão mais aprofundada da arquitetura religiosa em Diamantina, além de permitir a contemplação de suas obras de arte sacra, como as pinturas e esculturas que adornam o interior da igreja.

Além disso, ela guarda uma importante relíquia histórica: o órgão de tubos, que importaram da Europa no século XIX.

Esse instrumento ainda é utilizado em celebrações especiais e proporciona aos visitantes a oportunidade de ouvir músicas sacras como eram tocadas nos séculos passados.

Mercado Municipal – mergulhe na cultura local

Centro histórico de Diamantina, uma bela viagem por Minas Gerais
Um encontro com a cultura e tradição mineira | Foto: Josue Marinho/Wikimedia Commons

O Mercado Municipal de Diamantina é um ponto de encontro para moradores e turistas, oferecendo uma experiência autêntica da cultura local. 

Localizado na Rua da Quitanda, o mercado é o lugar ideal para quem deseja conhecer a gastronomia e o artesanato da região.

No mercado, os visitantes encontram uma variedade de produtos típicos, como queijos, doces, cachaças e artesanatos. 

Os comerciantes, muitos dos quais mantêm bancas no local há gerações, são sempre solícitos e prontos para compartilhar informações sobre os produtos e a história de sua produção.

O mercado também é um bom lugar para quem deseja experimentar a culinária local, com pequenos restaurantes e bancas que oferecem pratos típicos de Minas Gerais. 

Além disso, o local é palco de eventos culturais e musicais, que acontecem regularmente, atraindo tanto os moradores quanto os visitantes.

Parque Estadual do Biribiri – um passeio ecoturístico na cidade

Parque Estadual do Biribiri
O parque é uma joia da cidade mineira | Foto: Under the same moon/Wikimedia Commons

O Parque Estadual do Biribiri é uma excelente opção para os amantes da natureza que visitam Diamantina. 

Localizado a cerca de 12 km do centro da cidade, o parque oferece trilhas, cachoeiras e uma paisagem única, que combina a vegetação típica da Serra do Espinhaço com formações rochosas.

Para chegar ao Parque Estadual do Biribiri, o visitante pode seguir pela Estrada Real, uma rota histórica que liga Diamantina ao vilarejo de Biribiri. 

O parque abriga diversas cachoeiras, sendo a Cachoeira dos Cristais e a Cachoeira da Sentinela as mais procuradas pelos turistas. Ambas oferecem ótimas opções para banho e para a prática de atividades ao ar livre, como caminhadas e piqueniques.

Além das belezas naturais, o Parque Estadual do Biribiri também preserva o vilarejo de Biribiri, uma antiga vila operária que foi transformada em atração turística. 

O local também é conhecido por sua arquitetura simples e por sua tranquilidade, sendo um ótimo refúgio para quem busca paz e contato com a natureza.

Como chegar em Diamantina

Igreja do Bomfim
Saiba como chegar na cidade | Foto: Giorgioglobe/Wikimedia Commons

Diamantina está localizada a aproximadamente 300 km de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, e é acessível por via terrestre. 

Para quem sai de Belo Horizonte, a principal rota é pela BR-040, seguindo em direção ao município de Curvelo. De Curvelo, o viajante deve seguir pela BR-259 até Diamantina, em uma viagem que dura cerca de cinco horas.

Outra opção é sair de Belo Horizonte pela MG-010, passando por cidades como Lagoa Santa e Conceição do Mato Dentro. Essa rota, embora mais longa, oferece paisagens interessantes e a possibilidade de explorar outras atrações turísticas ao longo do caminho.

Para quem vem de outras regiões do Brasil, Belo Horizonte é o principal ponto de conexão. A cidade conta com um aeroporto internacional, o Aeroporto de Confins, que recebe voos de várias capitais brasileiras. A partir do aeroporto, é possível alugar um carro para seguir até Diamantina ou optar por ônibus intermunicipais que fazem o trajeto.

Se a escolha for viajar de ônibus, há várias empresas que operam a linha Belo Horizonte-Diamantina, com saídas regulares da rodoviária da capital mineira. 

A viagem de ônibus leva cerca de sete horas, e os veículos são confortáveis, com opções de viagens noturnas para quem prefere otimizar o tempo.

Independente do meio de transporte escolhido, o trajeto até Diamantina oferece uma oportunidade de apreciar a beleza das paisagens mineiras, com suas montanhas, vales e vegetação típica do cerrado. 

Chegar à cidade é apenas o começo de uma jornada histórica e cultural que promete revelar as riquezas de um dos mais importantes patrimônios brasileiros.

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