Conheça o primeiro grupo só de mulheres a cruzar a Antártica

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Em uma expedição inédita, um grupo formado por seis soldadas britânicas conquistou um desafio único

Você já pensou em conhecer a Antártica? E em ficar aproximadamente 2 meses percorrendo centenas de quilômetros desse continente a pé? Pois essa foi a experiência vivida por um grupo de seis integrantes do exército britânico em uma expedição denominada Ice Maiden, realizando um feito que, para muitos, era considerado impossível.

E é sobre isso que falaremos a seguir.

Mas, antes, alguns fatos sobre a Antártica


Foto: Max Pixel / Creative Commons

Que a Antártica é um dos territórios mais remotos e frios do planeta já é sendo comum, mas o que mais você sabe sobre esse lugar inóspito, além do fato de que ele é composto basicamente por gelo e água?

Confira alguns fatos sobre ele a seguir, para poder entender com mais clareza o que significou a participação das soldadas britânicas nessa expedição:

Temperaturas extremamente baixas

Não estamos brincando: as temperaturas nessa parte do planeta podem chegar a um nível negativo insano, não sendo à toa que a soldada Nics Wetherill, colocada como líder da equipe, comemorou o fato de todas terminarem a expedição com nariz, orelhas e dedos intactos (eles podem congelar com facilidade).

Elas enfrentaram -50ºC.  Você encararia?

Todo o território de fato é composto por gelo

Ok, sejamos otimistas: não é todo o território, mas sim 98% dele, com uma camada de gelo que é extremamente espessa, medindo nada menos que 2 quilômetros.

É uma imensidão de branco sem fim.

Pessoas por ai são raras

Durante o verão a Antártica costuma ter mais pessoas em seu território, aproximadamente 4 mil, mas no inverno rigoroso apenas a população formada por pesquisadores continua por ali, não chegando nem mesmo a um quarto desse número.

O grupo de mulheres que mencionamos dificilmente viu alguém durante o trajeto (pelo menos não diariamente).

A expedição Ice Maiden e o primeiro grupo só de mulheres a cruzar a Antártica


Foto: Max Pixel / Creative Commons

Wetherill e mais 5 soldadas britânicas passaram exatamente 62 dias nesse território, com a expedição Ice Maiden tendo início em novembro de 2017 e sendo finalizada em janeiro de 2018.

Além do grande esforço e preparo empregados nessa tarefa, outros pontos surpreenderam e mostraram a força do grupo, como o fato de completarem a expedição totalmente sem apoio, puxando trenós e completando um total de 1.700 quilômetros percorridos.

Em média, o grupo andava 40 quilômetros por dia, o que não é pouco, principalmente se considerarmos as condições. A neve em si já é um obstáculo, principalmente quando somada ao vento, mas haviam outros obstáculos no caminho, como o peso carregado e as Montanhas Transantárticas, que foram escaladas.

Saiba mais sobre o primeiro grupo de mulheres a cruzar a Antártica nesse vídeo do exército britânico.

Não se trata de uma aventura para qualquer mortal, não é mesmo? Mas você também pode sentir um pouco da emoção sentida pelo grupo ao embarcar em uma das expedições de navio que possuem a Antártica como destino e reúnem turistas do mundo todo.

Na programação está a observação da vida marinha, composta por centenas de pinguins em suas colônias, baleias (que podem chegar bem perto de você) e outros animais, caminhadas no gelo no melhor estilo “explorador” e até mesmo um mergulho.

Sim! É possível mergulhar nas águas do continente durante uma expedição, mas só por poucos segundos.

Já de dentro do navio seu grupo poderá passar perto de icebergs e aprender muito sobre tudo que diz respeito a esse continente tão importante. Aliás, você sabia que as geleiras da Antártica representam 70% da água doce em reserva do mundo, e que o derretimento dessas geleiras podem causar desequilíbrios inimagináveis ao planeta?

Por isso existem colônias de pesquisadores por lá, incluindo de brasileiros, e expedições como a Ice Maiden são realizadas: quanto mais pessoas conhecerem o continente e se conscientizarem sobre sua importância através de estudos, maiores são as chances de que ele se mantenha como é hoje.

Se tiver a chance, embarque em uma expedição. Não é preciso ficar meses por lá, mas o suficiente para compreender a grandeza que a Antártica representa.

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