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Presidente eleito defendeu que o debate sobre as mudanças climáticas deve ocorrer na Amazônia, que tem dois estados aptos a receber a COP2025
A Amazônia pode ser o próximo destino da COP2025, a 30ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). Isto se o pedido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva for aceito pela entidade. Durante seu primeiro discurso na COP27, Lula declarou que apresentará a proposta ao secretário-geral da ONU, António Guterres.
O objetivo é trazer o debate sobre as mudanças climáticas para a Amazônia brasileira, juntamente com uma “luta muito forte” contra o desmatamento da floresta, segundo o presidente eleito. No discurso, Lula lembrou, ainda, que o Brasil tem dois estados aptos a receber a COP2025 nessa região, o Amazonas e o Pará.
COP2025 na Amazônia?
A sugestão da Amazônia como próximo destino da COP2025 ocorreu durante o discurso do presidente eleito na COP27, realizada em Sharm el Sheikh, no Egito. Lula participou do painel “Carta da Amazônia – Uma agenda comum para a transição climática”, realizado pelos governadores da Amazônia Legal – formada por 9 estados brasileiros.
Na ocasião, o presidente eleito também anunciou a criação de um ministério dos Povos Originários para que os indígenas “não sejam tratados como bandidos”. Além disso, disse que irá “conversar muito” com os povos indígenas para coordenar as políticas na Amazônia.
Os governadores da Amazônia Legal fizeram uma carta conjunta na qual pediram a Lula “maior celeridade na tramitação dos apoios internacionais”. Este, inclusive, é um dos pontos centrais da participação do presidente eleito na COP27. Isto porque os principais contribuintes do Fundo Amazônia, a Noruega e a Alemanha, anunciaram a intenção de desbloquear os fundos congelados desde 2019 devido à política adotada pelo então presidente Jair Bolsonaro.
Antes de discursar na COP27, Lula se reuniu com o enviado do governo dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, que expressou o compromisso de Washington com a preservação da Amazônia. Segundo ele, o governo norte-americano vai trabalhar neste sentido com o próximo governo brasileiro e com Noruega e Alemanha.
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