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A árvore gigante tinha altura semelhante a um prédio de 10 andares e podia ser abraçada por seis pessoas juntas
Uma árvore mais antiga que o descobrimento do Brasil foi derrubada em Santa Catarina para virar cerca. A gigante imbuia estava localizada em um terreno na via Linha Coração, na cidade de Vargem Bonita, e foi derrubada em 2018. No entanto, só agora os pesquisadores puderam verificar sua idade por meio de uma análise inédita realizada: ao menos 535 anos.
A árvore gigante, vítima de ato criminoso, tinha altura semelhante a um prédio de 10 andares e podia ser abraçada por seis pessoas juntas. A madeira da imbuia é muito utilizada como cerca, já que é bastante resistente e consegue facilmente se adaptar à umidade dos terrenos, garantindo uma boa durabilidade. No entanto, esta espécie de árvore está ameaçada de extinção, o que faz com que um exemplar raro e antigo como este possa valer até 20 mil reais.
“É um problema cultural do nosso país, onde as pessoas não sabem o valor de uma árvore. Aquelas que caem por ação da natureza deveriam ser exploradas de forma mais nobre, virar peça de museu. Mas fazer uma derrubada de uma árvore rara saudável para fazer palanque de cerca é duplamente criminoso”, afirmou o professor Marcelo Scipioni, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especialista em árvores gigantes em uma reportagem ao portal G1.
Árvore gigante: mais uma vítima do desmate ilegal
De acordo com a Polícia Ambiental de Santa Catarina, uma denúncia anônima foi realizada sobre o corte da árvore na ocasião. Os agentes chegaram ao local do desmate, mas não encontraram ninguém. Então, os donos do terreno foram multados por serem, em última instância, responsáveis pela área. Desde maio a polícia ambiental realiza um trabalho de recuperação ambiental na região.
Aliás, se não tivesse sido derrubada, esta árvore poderia ter participado de um mapeamento de árvores gigantes que ocorre na área. Conduzida pelo professor Scipioni, com auxílio também da Polícia Ambiental de Santa Catarina, este trabalho que começou em 2017 percorreu mais de 6,8 mil km ao longo de três anos e identificou as últimas 13 araucárias gigantes da região.
“Essas árvores gigantes são importantes para os ecossistemas porque geram várias cavidades que são habitats para vários animais, como insetos, aves e mamíferos, e outros seres vivos, como as epífitas, além de contribuir para entendermos o ciclo de vida da espécie e podermos também fazer um manejo sustentável para a exploração madeireira”, explicou Scipioni à reportagem do G1.
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