Reforma no Coliseu colocará visitante no centro da arena romana

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Reforma no Coliseu: obra avaliada em 18,5 milhões de euros prevê a construção de um piso retrátil para que o visitante sinta-se na mesma posição que os gladiadores

Com certeza você já ouviu falar no Coliseu, localizado em Roma, na Itália, um dos monumentos mais famosos do mundo e que foi considerado uma das sete maravilhas do mundo moderno. A história dessa obra arquitetônica remete ao período imperial romano, quando era utilizado como um anfiteatro, como palco para combates de gladiadores, aqueles que lutavam com outra pessoa ou animais, em algumas situações até a morte, para o entretenimento do público. 

Hoje em dia parece um tanto absurda essa finalidade, mas na época, o Coliseu chegou a reunir mais de 50 mil espectadores que iam ao delírio com as lutas, até que elas foram suspensas e o espaço passou a ter diferentes finalidade ao longo dos tempos. Já foi um cenário para simulações de batalhas navais, serviu como fortaleza para proteger famílias reais em momentos de conflito e teve partes de sua estrutura roubadas para a construção de obras religiosas. Esse anfiteatro icônico também sobreviveu a diversos terremotos, e hoje, mesmo em ruínas, atrai milhões de turistas interessados em vivenciar de perto toda a sua majestade. 

A boa notícia para os viajantes é que o Coliseu passará por um reforma que irá revolucionar a sua arquitetura, permitindo que todos os visitantes, ao entrarem no anfiteatro sintam como se estivessem no centro dessa arena, ou seja, na posição que os gladiadores ocupavam durante as batalhas. O governo da Itália aprovou a construção de um piso retrátil de madeira para cobrir totalmente a arena, que vai possibilitar o acesso a uma área exclusiva. 

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Entenda o que muda com a reforma do Coliseu

coliseu de roma
Foto: Ruben Ramirez / Unsplash

A ideia é que esse piso seja controlado por um controle remoto, ou seja, quando ele estiver aberto, a pessoa conseguirá visualizar os túneis que estão abaixo dela, que antigamente eram usados para o deslocamento dos gladiadores e dos animais, antes de entrarem em combate. É importante lembrar que essa área subterrânea foi construída há dois mil anos atrás por arqueólogos no século 19, ou seja, será um trabalho recheado de muitas histórias. 

O projeto irá custar 18,5 milhões de euros, uma alta quantia que irá tornar a experiência de visitar o Coliseu ainda mais mágica. Aos turistas ansiosos, é preciso ter um pouco de calma, pois a previsão é que o piso esteja pronto em 2023. Em entrevista coletiva, a diretora do monumento, Afonsina Russo, revelou que finalmente será possível proporcionar ao público a mesma visão que as pessoas tinham durante a antiguidade. 

Contudo, essa reforma já está gerando algumas polêmicas, pois alguns arqueólogos e especialistas acreditam que não há necessidade de criar essa cobertura, pois ela é um monumento histórico que deve ser preservada e não um palco para entretenimento. Já outras pessoas do setor defendem esse projeto ousado, pois acreditam que combina sustentabilidade, conservação, proteção e inovação tecnológica. E você, o que pensa sobre isso? 

coliseu Itália
Foto: Vinicius “amnx” Amano / Unsplash

Enquanto as viagens internacionais não voltam ao ritmo normal e a reforma não fica pronta, veja abaixo algumas curiosidades sobre esse ponto turístico tão emblemático, que apenas em 2019 teve 7,6 milhões de entradas vendidas, tornando-se o local mais visitado da Itália.

O Coliseu é realmente uma obra gigantesca, ele tem 48,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 12 a 15 andares. Com forma elíptica, ele mede 189 metros no maior de seus eixos e 156 metros no menor. Ele começou a ser construído no ano 72 d.C.e as obras levaram oito anos para serem finalizadas! O mais curioso é que não se sabe ao certo quem foi o arquiteto responsável por sua criação, mas com certeza era alguém que sabia que aquele lugar representaria algo muito importante para o mundo.  

Essa não é a primeira vez que o Coliseu passa por uma reforma, as primeiras escavações arqueológicas aconteceram no final do século 18 e desde então muitas restaurações foram feitas para mantê-lo o mais preservado possível. A última, foi finalizada em 2020 e teve como objetivo recuperar a face externa dos arcos de mármore. 

Não é a toa que essas restaurações sejam frequentes, afinal o monumento já sofreu vários terremotos, acredita-se que o primeiro grande impacto foi entre os anos 523 e 526, quando suas colunas do piso superior foram destruídas e, em 1231, um outro desastre natural derrubou a fachada externa do local. Fora tantos outros que já devem ter acontecido nos anos seguintes. Fato que sua construção foi pensada com materiais pra lá de resistentes para sobreviver a tantos problemas: foram mais de 100 mil metros cúbicos de mármore para construir o estádio e tijolos, blocos de tufa (uma espécie de pedra vulcânica) e concreto também ajudaram a erguer o anfiteatro. 

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