Brasileiros criam ações para conseguir respiradores a hospitais públicos de Manaus

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Empreendedores criam ações para ajudar hospitais públicos de Manaus com a compra de insumos e respiradores durante pandemia 

Com o avanço da pandemia de coronavírus pelo Brasil, diversas cidades pelo país estão sendo severamente afetadas. Diante deste triste panorama, alguns empresários brasileiros encontraram ideias para tentar amenizar a situação de lugares com maior índice de vulnerabilidade. 

É o caso da plataforma de vendas exclusiva para mulheres Lady’s Mall, que criou uma ação solidária para auxiliar na compra de insumos para hospitais públicos de dez cidades brasileiras, começando por Manaus. A capital do Amazonas acumula atualmente um grande número de casos, além de uma ocupação acima de 90% nas unidades de terapia intensiva, beirando um colapso no sistema de saúde.

Não poderíamos ficar de braços cruzados diante do cenário que estamos vivendo. Manaus será a primeira a receber a ajuda. É uma cidade que está vivendo um momento muito crítico”, explicou Lu Braga, CEO da plataforma. 

Solução solidária em Manaus

Para tentar amenizar os impactos desse cenário na vida de diversos brasileiros, a empresa criou a ação “Mulheres Juntas Contra o Covid-19”. Por meio de um cadastro solidário, pessoas e empresas poderão fazer uma contribuição em dinheiro que será totalmente revertida para compra de respiradores, insumos e testes para hospitais públicos. Além dessa ação, também publicamos outras formas de ajudar Manaus.

Para auxiliar na geração de renda desses locais durante pandemia, mais de 100 mil lojas online da plataforma serão destinadas a mulheres que queiram empreender. Pelo período de um ano elas não precisarão pagar nenhum tipo de comissão para utilizar o canal de vendas online. “Hoje, cada loja custa para a plataforma R$ 399,00 por ano. Abrimos mão do lucro para incentivar o empreendedorismo neste momento”, disse a empresária. 

Os interessados em realizar doações devem acessar o site da campanha e escolher entre doar um cadastro solidário ou qualquer valor que desejar. Além de Manaus, as outras nove localidades brasileiras beneficiadas com respiradores serão Belém, São Luís, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Foz do Iguaçu e Porto Velho. 

Manaus à beira de um colapso

A situação de Manaus segue cada vez mais preocupante, visto que a cidade sofre com  falta de UTIs em hospitais públicos, oferecendo o segundo menor índice de leitos entre as dez capitais brasileiras com mais casos confirmados. Com 90% de ocupação nas unidades de terapia intensiva, a rede estadual de saúde já atingiu sua capacidade máxima. O turismo, imensamente impactado, também é uma principais fontes de renda entre os empresários locais.

Povos indígenas que vivem no estado também correm grande risco. Pensando nisso, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado reuniu artistas e intelectuais do mundo todo para alertar sobre a importância de proteger os povos originários do Brasil. Até o momento, o número de infectados em Manaus ultrapassa 8 mil pessoas e já chegou em comunidades indígenas.

campanha para ajudar os hospitais de manaus
Foto: Alexinaldo Granela Borja / Wikimedia

Ações que podem salvar vidas 

Para iniciar o projeto, a Lu Braga entrou em contato com o Ministério Público de cada estado contemplado para entender suas necessidades. No caso do Amazonas, o órgão responsável informou a lista de necessidades dos Hospitais e Unidades de Saúde. 

A campanha ficará no ar até o dia 25 de maio e a meta é atingir 80 mil cadastros solidários. Para Manaus, o desafio da empresa é entregar 200 respiradores artificiais que poderão salvar vidas de pacientes em estado crítico, contaminados pelo novo coronavírus. 

Além do Lady’s Mall, outras empresas brasileiras também estão criando ações que possam auxiliar as cidades mais afetadas pela pandemia no Brasil e, desta forma, tentar minimizar os impactos da doença em relação aos mais pobres, que acabam se tornando os mais afetados neste momento. 

Empreendedorismo feminino também será beneficiado

Além de auxiliar hospitais e, consequentemente, pessoas contaminadas, o projeto ainda incentiva o empreendedorismo feminino, proporcionando maior inclusão social e econômica das mulheres em tempos de crise.

“Todas nós precisamos estar online. Com o comércio físico fechado, não existe outra forma de gerar renda durante a pandemia. Entendemos que quem vive na Amazônia precisa estar online e vender seus produtos produzidos. Precisamos abrir espaço para a dentista e tantas outras profissionais que vendem serviços”, explicou a empresária. 

Com a plataforma, essas mulheres que empreendem poderão se conectar com clientes, aumentando as chances de faturamento. “A plataforma será uma grande vitrine virtual de oportunidades”, finalizou.

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